Ao receber membros de Associação que ajuda crianças órfãs da guerra, Papa Francisco pediu que “rezemos para que cessem, no mundo, violências e conflitos”
Da redação, com Vatican News
O genocídio de Ruanda foi tema de uma das audiências do Papa Francisco na manhã deste sábado, 27, no Vaticano.
Francisco acolheu os membros da Associação “Nolite timere”, que nasceu em prol das crianças de “Cité des Jeunes Nazareth” em Mbare, Ruanda, por iniciativa do então Núncio no país, Dom Salvatore Pennacchio. São João Paulo II foi o encorajador desta iniciativa em favor dos inúmeros órfãos provocados pelo genocídio em Ruanda em 1994.
A Associação tem por tema “Doamos a esperança para recomeçar” e funciona através da adoção à distância, de modo que as crianças possam receber formação escolar e religiosa.
Num mundo em que se parecem multiplicar sempre mais muros e divisões entre as pessoas e os povos, esta história demonstra que a caridade não tem barreiras, disse o Papa. A guerra e as armas, acrescentou, tiram o sorriso e o futuro das crianças, “e isso é trágico”.
Francisco agradeceu a contribuição de benfeitores e de quem oferece sua contribuição de maneira voluntária. “Ser voluntários é muito mais que prestar um serviço ou dar uma contribuição econômica: é uma escolha que nos torna abertos às necessidades do outro. O voluntário está aberto às necessidades do outro, nos torna artesãos de misericórdia: com as mãos, com os olhos, com os ouvidos atentos e com a proximidade.”
Por fim, um pedido de oração:
“Rezemos para que cessem, no mundo, violências e conflitos devido aos quais ainda, infelizmente, demasiadas crianças continuam sofrendo, sendo exploradas e morrendo. E façamos eco, com força, das palavras de São Paulo VI: ‘Nunca mais a guerra!’.”