Cristãos são chamados a se libertar dos preconceitos pela fé que os outros professam, destacou o Papa
Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 31, no Vaticano, aos participantes do Congresso “Lutero 500 anos depois”, promovido pelo Pontifício Comitê de Ciências Históricas.
“Não muito tempo atrás, um Congresso do gênero seria impensável”, disse o Papa, manifestando sua gratidão aos organizadores e também o seu estupor.
“Falar de Lutero, católicos e protestantes juntos, por iniciativa de um organismo da Santa Sé: realmente tocamos com as mãos os frutos da ação do Espírito Santo, que ultrapassa toda barreira e transforma os conflitos em ocasiões de crescimento na comunhão”.
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A comemoração dos 500 anos da Reforma, disse ainda Francisco, deu a oportunidade de olhar o passado juntos, livre de preconceitos e polêmicas ideológicas, discernindo o que de positivo e legítimo aconteceu e se distanciando de erros, exageros e falências.
“Hoje, depois de 50 anos de diálogo ecumênico entre católicos e protestantes, é possível realizar uma ‘purificação da memória’, que não consiste em realizar uma impraticável correção do que aconteceu 500 anos atrás, mas em ‘narrar esta história de modo diferente’, sem vestígios daquele rancor pelas feridas sofridas, que deforma a visão que temos uns dos outros”.
Como cristãos, concluiu o Papa, hoje todos são chamados a se libertar dos preconceitos pela fé que os outros professam, a oferecer mutuamente o perdão pelas culpas cometidas e a invocar de Deus o dom da reconciliação e da unidade.
Por ocasião dos 500 anos da Reforma Luterana, Francisco viajou para a Suécia. Recorde como foi.