Nos passos de Francisco

Papa recebe membros do Instituto Seráfico de Assis por seus 150 anos

No discurso, Papa reiterou valor de toda pessoa humana, inclusive aquelas com deficiência 

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa durante audiência com membros do Instituto Seráfico de Assis / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, 13, membros do Instituto Seráfico de Assis, por ocasião dos 150 anos de fundação do Instituto. Aos presentes, a exortação a seguirem nos passos dos santos e cultivarem em seu trabalho sempre o sabor e a alegria da missão.

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Francisco recordou sua primeira peregrinação a Assis em 2013 e, nesse contexto, recordou um pouco da vida de São Francisco. Um santo que se fez pobre e abraçou os mais necessitados, vendo neles Jesus. “Colocou-os no centro das atenções da sociedade, ainda tentada por aquela “cultura do descarte” que faz com que as riquezas se concentrem nas mãos de poucos, enquanto muitos ficam à margem, percebidos como um fardo, mal dignos de esmolas”.

O Santo Padre também mencionou a figura de São Ludovico Casoria, fundador do Instituto inicialmente dedicado a cegos, surdos e mudos. O Instituto deu passos e cresceu em sua oferta de serviços, chegando a acolher jovens em estado de grave e múltipla deficiência.

Valorização de toda pessoa humana

“O mais importante é o espírito com o qual todos vocês se dedicam a esta missão. É claro para vocês, como deveria ser para todos, que toda pessoa humana é preciosa, tem um valor que não depende do que tem ou de suas habilidades, mas do simples fato de que é pessoa, imagem de Deus. Se a deficiência ou doença torna a vida mais difícil, esta vida não é menos digna de ser vivida, e vivida em plenitude”.

Francisco defendeu, então, a necessidade de ver a pessoa com deficiência como um de nós, colocando-a no centro dos cuidados e preocupações, e também no centro da atenção de todos e da política. É um objetivo de civilização”, frisou o Papa.

O Papa também mencionou em seu discurso as tantas estruturas que, como o Instituto, realizam esse serviço, muitas vezes com dificuldades. A solidariedade é importante, para não esperar tudo dos órgãos públicos. Mas o estado e a administração pública devem fazer a sua parte, observou o Pontífice. “Não é possível deixar sozinhas tantas famílias obrigadas a lutar para sustentar seus filhos em dificuldade, com a grande preocupação pelo futuro que os espera quando não poderão mais segui-las”.

A lógica do “Seráfico”, segundo o Papa, é o amor, que se aprende do Evangelho na escola de São Francisco e de São Ludovico. “O amor que sabe ler nos olhos ou nos gestos, antecipa os desejos, não desiste diante das dificuldades, encontra forças para recomeçar todos os dias e se alegra até mesmo com o menor progresso da pessoa que está sendo cuidada. A vida é sempre bela, mesmo com poucos recursos”, concluiu Francisco.

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