Minoria religiosa

Papa recebe membros da comunidade yazidi residente na Alemanha

É inaceitável que seres humanos sejam perseguidos e mortos por causa de sua religião, enfatizou o Papa na audiência

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Antes da catequese desta quarta-feira, 24, o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano membros da Comunidade Yazidi residente na Alemanha. Os yazidi são uma minoria religiosa do Oriente Médio, que vivem na Síria e no Iraque, e são sobretudo de etnia curda.

“O meu pensamento solidário e orante vai às vítimas inocentes de insensata e desumana barbárie. É inaceitável que seres humanos sejam perseguidos e mortos por motivo da sua pertença religiosa! Cada pessoa tem direito de professar livremente e sem constrangimento o próprio credo religioso”, afirmou o Pontífice. 

Francisco ressaltou que a história dos yazidi é rica de espiritualidade e cultura, mas, infelizmente, foi marcada por violações dos direitos fundamentais da pessoa humana: sequestro, escravidão, torturas, conversões forçadas, assassinatos. São pessoas que tiveram seus santuários e lugares de culto destruídos e os que puderam fugir tiveram que deixar tudo que tinham. “Em tantas partes do mundo há ainda minorias religiosas e étnicas, entre as quais os cristãos, perseguidos por causa da fé. A Santa Sé não se cansa de intervir para denunciar estas situações, pedindo reconhecimento, proteção e respeito”, enfatizou.

“Uma vez mais levanto a minha voz em favor dos direitos dos Yazidi, antes de tudo o direito a existir como comunidade religiosa: ninguém pode atribuir-se o poder de cancelar um grupo religioso porque não faz parte daqueles ditos ‘tolerados’”.

O Papa também dirigiu o pensamento aos yazidi que ainda estão nas mãos dos terroristas e expressou o desejo de que seja feito tudo o possível para salvá-los, bem como para encontrar os que estão desaparecidos e dar um digno sepultamento a quantos foram mortos.

“A Comunidade internacional não pode ficar espectadora muda e inerte diante do vosso drama. Encorajo, portanto, as instituições e as pessoas de boa vontade pertencentes a outras comunidades a contribuir para a reconstrução das vossas casas e dos vossos lugares de culto. (…) Deus nos ajude a construir juntos um mundo onde se possa viver em paz e fraternidade”.

 

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