Em audiência com delegação luterana, Francisco atentou para o dom da unidade dado por Deus
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, 21, uma delegação da Federação Luterana Mundial e representantes da comissão para a unidade luterana-católica. Ele destacou que católicos e luteranos podem pedir perdão pelo mal que causaram uns aos outros e se alegrarem pela unidade que Deus despertou nos corações, o que é sinal de esperança para o futuro.
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Francisco disse olhar com gratidão para os numerosos passos dados nas últimas décadas nas relações entre luteranos e católicos. E o avanço, segundo ele, não foi somente no que diz respeito ao diálogo teológico, mas também pela colaboração fraterna e no empenho em progredir no ecumenismo espiritual, que constitui a alma do caminho rumo à plena comunhão.
“À medida que nos aproximamos com humildade de espírito do Nosso Senhor Jesus Cristo, estamos seguros de nos aproximarmos também entre nós e à medida que invocamos ao Senhor o dom da unidade, estamos certos de que Ele nos tomará pela mão e será nosso guia”.
E em vista dos 50 anos do diálogo teológico e dos 500 anos da Reforma, o Pontífice recordou a recente publicação do texto “Do conflito à comunhão. A interpretação luterano-católica da Reforma em 2017”, da Comissão para a unidade luterano-católica. Francisco considerou importante o esforço de se colocar em diálogo sobre a realidade histórica da Reforma e suas consequências.
E ao longo deste caminho de diálogo, o Santo Padre reconheceu que não faltam e não faltarão dificuldades, então é preciso ter paciência, diálogo e compreensão recíproca.
“A oração fiel e constante nas nossas comunidades possa apoiar o diálogo teológico, a renovação da vida e a conversão dos corações, a fim de que, com a ajuda de Deus Uno e Trino, possamos caminhar rumo ao cumprimento do desejo do Filho, Jesus Cristo: que todos sejam um”.