Encontro com grupo de detentos foi nesta manhã, informa a Santa Sé
Vatican News
O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, 21, na Casa Santa Marta, um grupo de 20 detentos do cárcere de Rebibbia, uma das principais prisões de Roma. Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, eles fazem parte do terceiro instituto do complexo. Estavam acompanhados pelo diretor, capelão e alguns funcionários que, em seguida, iriam visitar os Museus do Vaticano.
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O cárcere de Rebibbia, fundado na década de 70, fica no bairro de mesmo nome na periferia nordeste da capital. Considerada uma das principais prisões de Roma, junto com a Regina Coeli, ela é dividida em quatro institutos autônomos para se cumprir diferentes penas. São três para detenção de homens e um para mulheres – destinado inclusive para detentas mães, com os respectivos filhos pequenos, autorizados a viver com elas até os 3 anos de idade.
Segundo dados do Ministério da Justiça, atualizados neste mês de junho, o local tem capacidade para atender 1.163 pessoas, mas acolhe atualmente 1.260 detentos. O instituto penitenciário conta com quatro campos esportivos, sete bibliotecas, além de academias, teatro e local de culto. De fato, todos os domingos uma igreja central realiza celebrações religiosas para cerca de 300 detentos.
Papa: sejam misericordiosos
Na Festa da Divina Misericórdia deste ano, em 11 de abril, o Papa presidiu a missa com a presença de detentos de três institutos penitenciários de Roma. Entre eles, o de Rebibbia.
Na homilia, o Pontífice aprofundou a reflexão sobre os três dons oferecidos por Jesus para que os discípulos obtenham a misericórdia: a paz, o Espírito e as chagas.
“Deixemo-nos ressuscitar pela paz, o perdão e as chagas de Jesus misericordioso. E peçamos a graça de nos tornarmos testemunhas de misericórdia. Só assim será viva a fé; e a vida unificada. Só assim anunciaremos o Evangelho de Deus, que é Evangelho de misericórdia.”
Ao final da celebração eucarística, ao rezar a oração mariana do Regina Coeli, o Papa saudou os presentes, entre enfermeiros, pessoas com deficiência, refugiados, migrantes e os próprios detentos.
“Vocês representam algumas realidades nas quais a misericórdia se torna concreta, torna-se proximidade, serviço, atenção às pessoas em dificuldade. Desejo que vocês se sintam sempre misericordiados para, por sua vez, serem misericordiosos.”