Papa recebe bispos de Burundi: ser testemunha de fraternidade

Referindo-se aos conflitos no país, Francisco destacou que a paz pode voltar quando a fraternidade é semeada

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Bispos de Burundi, na África, realizam a visita ad limina ao Vaticano / Foto: L’Osservatore Romano

O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira, 5, os bispos de Burundi (África), em visita ad limina. Ele manifestou seu desejo de que, em um país ainda ferido por conflitos, os bispos sejam testemunhas da fraternidade do Evangelho também no campo de assuntos públicos.

Quando a guerra ensinou a odiar, a paz pode voltar se alguém semeia de novo a fraternidade. Essa foi uma das evidências que o Papa destacou em seu discurso quando pediu aos bispos para enraizarem com força o Evangelho nas consciências.

Burundi conheceu, em um passado próximo, conflitos terríveis; o povo ainda está dividido e muitas feridas permanecem abertas. “Somente uma autêntica conversão pode conduzir os homens ao amor fraterno e ao perdão; para que a vida social seja um espaço de fraternidade e justiça, paz e dignidade para todos”.

O Pontífice enfatizou que a Igreja local deve tomar o espaço necessário para dialogar no campo político e social, visando à reconciliação, sem nunca vacilar na esperança. Em particular, deve ser aberto o diálogo com as autoridades de Burundi.

“Eles precisam do vosso testemunho de fé e do vosso corajoso anúncio de valores cristãos, para que possam compreender a Doutrina social da Igreja, apreciar o seu valor e inspirar-se na gestão de assuntos públicos”.

Segundo o Papa, sacerdotes capazes de tudo isso são adequadamente formados desde o início e devem ser apoiados durante o ministério. Ao falar do sacerdócio, Francisco indicou os quatro pilares sólidos em que se deve apoiar cada vocação ao sacerdócio: formação intelectual, espiritual, humana e pastoral. Ele também falou da necessidade de apoiar os jovens em seu caminho.

“Os jovens devem ter como formadores padres que sejam verdadeiros exemplos de alegria e de perfeição sacerdotal, que estejam próximos a eles e partilhem suas vidas, que lhe escutem verdadeiramente de forma a conhecê-los e guiá-los melhor”.

O Papa destacou ainda a atividade das pessoas consagradas nos campos da educação e da assistência social; e dos leigos, com os seus múltiplos movimentos e associações. Enfim, destacou o papel da juventude, “uma das chaves do futuro num país onde a população se renova rapidamente”. Concluindo, recomendou “que se dê às novas gerações uma autêntica visão da existência, da sociedade e da família”.

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