Em mensagem para Dia das Comunicações Sociais, Papa convida profissionais da área a comunicar a esperança, rompendo espiral do medo gerada por “notícias más”
Jéssica Marçal
Da Redação
O Vaticano publicou nesta terça-feira, 24, a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que em 2017 será celebrado no dia 28 de maio. O Santo Padre enfatiza a necessidade de comunicar a esperança e a confiança, nos tempos atuais.
“Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, ‘moem’ tantas informações para oferecer um pão fragrante e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação”, diz Francisco aos profissionais da área, pessoas que ele convida a uma comunicação construtiva, rejeitando preconceitos.
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.: Íntegra da mensagem
Francisco fala da necessidade de romper a espiral do medo que se gera ao fixar a atenção nas “notícias más”, ou seja, sobre assuntos como guerras, terrorismo e escândalos. Ele convida a um estilo comunicador aberto e criativo, permeado pela lógica da “boa notícia”. “Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o ‘Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus’”.
A boa notícia, que é o próprio Jesus, é uma esperança que não decepciona, explica o Papa na mensagem, e visto sob essa luz, qualquer drama no mundo torna-se cenário de uma boa notícia, “uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir”.
Francisco também atenta para a necessidade de confiar na semente do Reino, cujo crescimento acontece no silêncio, mas visível aos que têm olhos tornados limpos pelo Espírito Santo. “A confiança na semente do Reino de Deus e na lógica da Páscoa não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar. Tal confiança que nos torna capazes de atuar – nas mais variadas formas em que acontece hoje a comunicação – com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa”.