Pedido de paz

Papa pede diálogo no Oriente Médio: "a guerra é sempre uma derrota"

Após o Angelus, o Papa recordou os conflitos no Oriente Médio e também lembrou com preocupação a crítica situação na Venezuela

Da redação, com Vatican News

Na conclusão do Angelus deste domingo, 4, o Papa Francisco voltou a recordar o conflito no Oriente Médio e pedir diálogo. “Ataques direcionados e assassinatos nunca serão uma solução”, afirmou o Pontífice.

“Acompanho com preocupação o que está ocorrendo no Oriente Médio e espero que o conflito, já terrivelmente violento e sangrento, não se espalhe ainda mais”, disse Francisco.

“Rezo por todas as vítimas, especialmente as crianças inocentes, e expresso minha solidariedade à comunidade drusa na Terra Santa e às populações da Palestina, de Israel e do Líbano. Não nos esqueçamos de Myanmar”.

O Santo Padre pediu coragem para “retomar o diálogo para que haja um cessar-fogo imediato em Gaza e em todas as frentes, para que os reféns sejam libertados e a ajuda humanitária seja levada às populações”.

Ele afirmou que “ataques, inclusive ataques direcionados, e assassinatos nunca podem ser uma solução e não ajudam a trilhar o caminho da justiça e da paz e geram mais ódio e vingança”.

“Basta, irmãos e irmãs! Basta! Não sufoquem a palavra do Deus da Paz, mas deixem que ela seja o futuro da Terra Santa, do Oriente Médio e do mundo inteiro. A guerra é sempre uma derrota”, clamou Francisco.

Teerã prometeu retaliação contra Israel depois que o país supostamente matou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e o chefe militar do grupo libanês Hezbullah, Fuad Shukr, em Beirute, com uma diferença de oito horas entre eles nesta semana.

Venezuela

O Papa também expressou sua preocupação pela Venezuela, que está passando por uma situação crítica: “Faço um apelo sincero a todas as partes para que busquem a verdade, usem de moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as disputas por meio do diálogo, tenham em mente o verdadeiro bem do povo e não os interesses partidários”.

Francisco então confiou o país à intercessão de “Nossa Senhora de Coromoto, tão amada e venerada pelos venezuelanos, e à oração do Beato José Gregorio Hernandez, cuja figura nos une a todos”.

Líbano

O Papa recordou também a explosão no porto de Beirute no dia 4 de agosto de 2020, exatamente quatro anos atrás: “ainda hoje o povo libanês sofre muito. Em particular, penso nas famílias das vítimas da explosão do porto de Beirute. Espero que se faça em breve justiça e verdade”.

O novo beato – disse o Papa -, referindo-se ao patriarca Estevão Douayhy beatificado no Líbano na sexta-feira, sustente a fé e a esperança da Igreja no Líbano e interceda por este amado país”.

Índia

Francisco também dirigiu seu pensamento e solidariedade ao povo da Índia, especialmente de Kerala, que foi duramente atingido por chuvas torrenciais, que causaram inúmeros deslizamentos de terra, resultando em perda de vidas, inúmeros desabrigados e grandes danos. O Papa convidou os presentes a se unirem a ele em suas orações “por aqueles que perderam suas vidas e por todos os afetados por essa calamidade devastadora”.

Párocos

Neste domingo, memória do Santo Cura d’Ars, em alguns países celebramos a “festa do pároco”, recordou o Papa, exprimindo sua proximidade e gratidão a todos os párocos que, “com zelo e generosidade, às vezes em meio a muito sofrimento, se consomem por Deus e pelo povo. Aplaudamos nossos párocos!”, disse.

Portugal

Concluindo suas saudações após a Oração do Angelus Francisco enviou com alegria saudações aos participantes do 1º Festival da Juventude de Portugal, que está sendo realizado em Fátima. “Queridos jovens, vejo que a emocionante experiência do ano passado em Lisboa continua dando frutos. Graças a Deus! Rezo por vocês e, por favor, rezem por mim na Capela das Aparições”.

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