Memória do padre Pino Puglisi

Papa: organização criminosa e Evangelho são irreconciliáveis

Papa enviou mensagem aos participantes de evento que recorda o padre Pino Puglisi, assassinado pela Máfia em Palermo, na Itália, em 1993

Da Redação, com Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da conferência organizada na Universidade Lumsa, em Roma, para recordar o 30º aniversário da morte e o 10º aniversário da beatificação de padre Pino Puglisi, assassinado pela máfia em Palermo, sul da Itália, em 1993. Seu testemunho, segundo o Papa, deu frutos e proporcionou muitas obras de bem e de paz. 

A conferência “a voz do sangue” aconteceu nesta terça-feira, 12. Na mensagem ao retiro da universidade, Francesco Bonini, o Pontífice reiterou que são irreconciliáveis toda e qualquer organização criminosa e o Evangelho.

Segundo o Papa, a iniciativa da conferência, promovida em conjunto com a Fundação vaticana Cardeal Salvatore De Giorgi, demonstra o quanto é caro ao coração o testemunho de tantos sacerdotes que, como o padre Puglisi, “todos os dias, sem alardes, sem buscar os holofotes, lutam contra o crime apenas com uma vida aderente aos ensinamentos do Evangelho”.

Francisco recordou que o padre, testemunha misericordiosa do amor do Pai, queria tirar seu povo, sobretudo os jovens, das garras da máfia. Por isso, desde a forte advertência contra a máfia pronunciada por São João Paulo II no Vale dos Templos de Agrigento, em 9 de maio de 1993, “a Igreja jamais se cansará de reiterar com força”, enfatiza Francisco, recordando a homilia pronunciada na esplanada de Sibari, em 21 de junho de 2014, que “aqueles que em suas vidas seguem esse caminho do mal, como os mafiosos, não estão em comunhão com Deus: estão excomungados!”

Oração pela paz

O testemunho, o martírio e o sangue derramado pelo padre Puglisi, conclui o Papa, se tornaram verdadeiramente uma semente que, nos trinta anos que se seguiram à sua morte, deu frutos e proporcionou muitas obras de bem e de paz. Essa paz, acrescenta, “que falta a tantos irmãos e irmãs que trazemos no coração, como as populações da Ucrânia, de Israel e da Palestina”, pela qual o Pontífice convida a jamais cansar de rezar.

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