Na Solenidade de Todos os Santos, Papa rezou o Angelus, destacando que os santos estão próximos aos fiéis
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus nesta quinta-feira, 1º, Solenidade de Todos os Santos, que será celebrada pela Igreja no Brasil no próximo domingo, 4.
Em sua reflexão antes da oração, o Pontífice sublinhou que a Primeira Leitura da liturgia de hoje, extraída do Livro do Apocalipse, “nos fala do céu e nos coloca diante de uma grande multidão, incalculável, de nações, tribos, povos e línguas”.
“São os santos. O que fazem lá em cima? Cantam juntos, louvam a Deus com alegria. Seria bonito ouvir canto deles! Podemos imaginá-lo: sabem quando? Durante a missa, quando cantamos ‘Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo…’. É um hino, diz a Bíblia, que vem do céu, que se canta lá: um hino de louvor. Então, cantando o “Santo”, não somente pensamos nos santos, mas fazemos o que eles fazem: naquele momento, na missa, estamos unidos a eles mais do que nunca”.
Segundo o Papa, as pessoas estão unidas a todos os santos, não somente aos mais conhecidos, mas também aos “da porta ao lado”, aos familiares e conhecidos que agora fazem parte daquela grande multidão.
“Hoje, então, é a festa da família”, sublinhou Francisco. “Os santos estão próximos a nós, aliás, são os nossos verdadeiros irmãos e irmãs. Eles nos entendem, nos amam, sabem qual é o nosso verdadeiro bem, nos ajudam e esperam por nós. São felizes e nos querem felizes com eles no paraíso”.
Caminho das Bem-aventuranças
Francisco ressaltou ainda que os santos convidam ao caminho da felicidade, o caminho das Bem Aventuranças, como relata o Evangelho do dia.
“Este caminho das bem-aventuranças, da santidade, parece conduzir à derrota. Porém, nos recorda novamente a primeira leitura, os santos trazem “palmas nas mãos”, isto é, os símbolos da vitória. Eles venceram, não o mundo e nos exortam a escolher a sua parte, a de Deus que é Santo”.
O Papa convidou, então, os fiéis a se perguntarem de que lado estão, se é do lado do céu ou da terra. “Vivemos para o Senhor ou para nós mesmos, para a felicidade eterna ou para alguma satisfação imediata? Perguntemo-nos: queremos realmente a santidade? Ou nos contentamos em ser cristãos sem infâmia e sem louvores, que acreditam em Deus e estimam os outros sem exagerar?”.
Desfrutar da felicidade de Deus
Francisco concluiu dizendo que “hoje, nossos irmãos e irmãs não nos pedem para ouvir de novo um belo Evangelho, mas para colocá-lo em prática, para seguir o caminho das bem-aventuranças”.
“Não se trata de fazer coisas extraordinárias, mas de seguir esse caminho todos os dias que nos leva ao céu, para a família e para casa. Hoje, nós entrevemos o nosso futuro e celebramos aquilo para o qual nascemos: nascemos para nunca mais morrer, nascemos para desfrutar da felicidade de Deus!”
“O Senhor nos encoraja e a quem segue o caminho das bem-aventuranças diz: ‘Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu’. Que a Santa Mãe de Deus, Rainha dos Santos, nos ajude a caminhar com decisão pela estrada da santidade. Ela, que é a Porta do Céu, introduza os nossos amados defuntos na família celeste”, concluiu o Papa.
Corrida dos Santos
Após a oração mariana do Angelus, Francisco saudou com afeto os peregrinos provenientes da Itália e demais países, famílias, grupos paroquiais, associações e grupos escolares.
Saudou especialmente os participantes da “Corrida dos Santos”, promovida pela Fundação Missão Dom Bosco, para viver numa dimensão de festa popular a Solenidade de Todos os Santos. “Obrigado por esta bela iniciativa e pela sua presença”, disse.
A seguir, o Papa recordou que nesta sexta-feira, 2, Comemoração de todos os fiéis defuntos, Dia de Finados, irá ao Cemitério Laurentino, em Roma. “Peço a todos vocês para me acompanharem com a oração neste dia de sufrágio por aqueles que nos precederam na fé e dormem o sono da paz”.
Por fim, desejou a todos uma boa festa na companhia espiritual dos santos e pediu aos fiéis para não se esquecerem de rezar por ele.