SINODALIDADE

Papa no Angelus: as crianças são a maior bênção de Deus

Durante o Angelus dominical, Francisco encorajou os casais cristãos a perseverarem no amor, no matrimônio e a acolherem o belo dom da vida, que reconhece ser exigente, mas recompensador

Da redação, com Vatican News

Perseverar no amor e no matrimônio, exaltou o Sucessor de Pedro no Angelus deste domingo, 6 / Foto: Simone Risoluti – Vatican Media IPA/Sipa USA via Reuters

“Não esqueçamos também que, para os cônjuges, é essencial estar aberto ao dom da vida, aos filhos, que são o fruto mais belo do amor, a maior bênção de Deus, uma fonte de alegria e esperança para cada lar e para toda a sociedade”. O Bispo de Roma ofereceu este lembrete durante seu discurso do Angelus de domingo, 6, no Vaticano.

Dirigindo-se aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre relatou o Evangelho do dia segundo São Marcos, no qual Jesus nos fala sobre o amor conjugal.

Iguais em dignidade e complementares na diversidade

Na época de Jesus, explicou Francisco, “a condição da mulher no matrimônio era de grande desvantagem em relação a do homem: o marido podia expulsar, repudiar a esposa, mesmo por motivos fúteis, e isso era justificado com interpretações legalistas das Escrituras”. Mas o amor deve ser sem “meias medidas”, exige durar para sempre e não “até que eu queira”, com a mulher e o homem “aceitando-se mutuamente e vivendo unidos como ‘uma só carne’ (cf. Mc 10,8; Gn 2,24)”, sendo “iguais em dignidade e complementares na diversidade, para serem a ajuda um do outro, companhia, mas, ao mesmo tempo, estímulo e desafio para crescer (cf. Gn 2,20-23)”. Mas o Papa sabe que não é uma percurso fácil:

“É claro, isso não é fácil; e isso exige fidelidade, mesmo nas dificuldades, exige respeito, sinceridade, simplicidade (cf. Mc 10,15). Requer estar aberto ao confronto, às vezes à discussão, quando necessário, mas sempre prontos para o perdão e a reconciliação. E eu recomendo: marido e mulher briguem, tudo o que quiserem, desde que façam as pazes antes que termine o dia. Sabem por quê? Porque a guerra fria no dia seguinte é perigosa. ‘E me diga, Papa, como se faz as pazes?’ Apenas com um carinho, assim (o Papa mostra tocando o rosto), mas nunca cheguem ao fim do dia sem fazer as pazes.”

O Pontífice também recordou a importância do casal estar aberto “ao que Deus manda”, ao dom dos filhos, “o fruto mais bonito do amor e a maior bênção de Deus”: “façam filhos”, ainda repetiu Francisco duas vezes, lembrando que, no sábado, 5, encontrou um soldado do Corpo da Gendarmaria que apresentou seus 8 filhos: “Era lindíssimo de ver”.

Ao invocar a Virgem Maria para que ajude os cônjuges cristãos nesse caminho, o Papa Francisco finalizou a alocução que precedeu a oração do Angelus, fazendo os fiéis se questionarem sobre o amor vivido dentro de casa:

“Queridas irmãs, queridos irmãos, o amor é exigente, sim, mas é belo, e quanto mais nos deixamos envolver por ele, mais descobrimos, nele, a verdadeira felicidade. E, agora, cada um pede ao seu coração: como é o meu amor? É fiel? É generoso? É criativo? Como são as nossas famílias? Estão abertas à vida, ao dom dos filhos?

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