Nesta quarta-feira, 30, Francisco comentou o texto de Atos dos Apóstolos que relata a chegada de Paulo e Silas à Europa através da Macedônia
Da redação, com Vatican News
A chegada da fé cristã à Europa foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 30, na Praça São Pedro. O Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre os Atos dos Apóstolos e comentou o capítulo 16, 9-10. No texto, São Paulo teve uma visão, em que um homem da Macedônia lhe disse: “passa à Macedônia, e ajuda-nos”. Depois da visão, os apóstolos partiram para a Macedônia, concluindo que o Senhor os chamava para anunciar o evangelho.
Íntegra
.: Catequese do Papa Francisco
O Espírito Santo é o protagonista da missão da Igreja, é quem guia o caminho dos evangelizadores mostrando a eles a via a seguir, explicou o Santo Padre. “E os macedônios têm orgulho disso e recordo este povo que me acolheu com tanto calor”, afirmou o Papa citando a sua viagem à Macedônia do Norte em maio deste ano.
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No texto escolhido pelo Papa para a Catequese desta quarta-feira, 30, São Paulo chegou a Filipos e ali batizou a vendedora Lídia e a sua família. Com o coração aberto, afirmou Francisco, homens e mulheres podem dar hospitalidade a Cristo e aos outros. “Temos aqui o testemunho da chegada do cristianismo à Europa: o início de um processo de inculturação que dura ainda hoje.”
Depois do que viveram na casa de Lídia, Paulo e Silas são levados para a prisão sob a acusação de perturbarem a “ordem pública” ao converterem uma jovem “com espírito de adivinhação”. O Pontífice advertiu as pessoas que ainda hoje pagam e utilizam os “poderes” dos “adivinhos”.
Na prisão, acontece um fato surpreendente: enquanto Paulo e Silas rezavam, um terremoto move os alicerces libertando os prisioneiros. Ao ver as portas abertas da prisão, o carcereiro está para se suicidar quando pergunta a eles: “que é necessário que eu faça para me salvar?” Paulo responde: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa”.
Neste momento, explicou o Papa, acontece a mudança: o carcereiro escuta a palavra do Senhor com a sua família, acolhe os apóstolos, lava as suas chagas e recebe o Batismo. “No coração da noite deste anônimo carcereiro, a luz de Cristo brilha e derrota as trevas. Assim o Espírito Santo faz a missão, desde o início. Desde Pentecostes, Ele é o protagonista da missão. (…) Ele nos leva avante a sermos fiéis ao Evangelho”.
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O Santo Padre concluiu: “Peçamos também nós hoje ao Espírito Santo um coração aberto, sensível a Deus e hospitaleiro aos irmãos, como o de Lídia, e uma fé audaz, como a de Paulo e Silas, e também uma abertura de coração, como a do carcereiro, que deixa tocar pelo Espírito Santo.”