Em audiência com Congregação para as Igrejas Orientais, Francisco defendeu livre profissão de fé e dignidade para todos
Jéssica Marçal
Da Redação
Não podemos nos conformar em pensar no Oriente Médio sem os cristãos. Assim disse o Papa Francisco em audiência com os participantes da plenária da Congregação para as Igrejas Orientais nesta manhã, 21, no Vaticano.
O Santo Padre manifestou preocupação com a situação de tantos cristãos no Oriente Médio. Ele afirmou que o Papa não ficará em paz enquanto houver homens e mulheres, de qualquer religião que seja, privados de sua dignidade.
Acesse
.: Discurso na íntegra
Aproveitando a ocasião, ele lançou um apelo a fim de que seja respeitado o direito de todos a uma vida digna e a professar livremente a própria fé. Francisco também pediu que toda a Igreja reze para obter de Deus misericordioso a paz e a reconciliação.
“A oração desarma a ignorância e gera diálogo lá onde o conflito está aberto. Se for sincera e perseverante, tornará a nossa voz suave e firme, capa de fazer-se ouvir também pelos responsáveis das nações”.
Referindo-se em especial à terra onde Jesus viveu, morreu e ressuscitou, o Pontífice falou da dívida de gratidão que cada católico tem com as Igrejas que vivem nessa região. Segundo ele, pode-se aprender com elas o empenho no exercício cotidiano de espírito ecumênico e diálogo inter-religioso.
“O contexto geográfico, histórico e cultural no qual eles vivem há séculos tornou-os interlocutores naturais de numerosas outras confissões cristãs e de outras religiões”, disse.
Mais cedo, o Papa havia se encontrado com Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Católicas de Rito Oriental. Na ocasião, ele pôde saber deles algumas realidades das igrejas orientais.