Francisco recordou o 25º aniversário da entrada em vigor da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoais “que continuam atingindo civis inocentes, principalmente crianças”
Da redação, com Vatican News
No final da Audiência Geral desta quarta-feira, 28, o Papa Francisco recordou que na sexta-feira, 1º, será celebrado o 25° aniversário da “entrada em vigor da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoais que continuam atingindo civis inocentes, principalmente crianças, mesmo muitos anos após o fim das hostilidades”.
A Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoais, conhecida também como a Convenção de Ottawa, foi concluída em 1997 e que entrou em vigor em 1999, ratificada por 164 Estados, incluindo 34 dos 50 países que eram produtores antes de 1997. Um relatório apresentado no ano passado, em Genebra, na Suíça, pela “Campanha Internacional para Banir as Minas Antipessoais” (ICBL), falava de números crescentes também devido ao aumento de vítimas na Ucrânia, 608 (58 em 2022), atrás, porém, da Síria (834) e depois Iêmen e Mianmar.
Manifesto minha proximidade às numerosas vítimas desses dispositivos traiçoeiros que nos lembram a dramática crueldade das guerras e o preço que as populações civis são obrigadas a pagar. Nesse sentido, agradeço a todos aqueles que oferecem sua ajuda, prestando assistência às vítimas e limpando as áreas contaminadas: o seu trabalho é uma resposta concreta ao chamado universal para sermos pacificadores, cuidando de nossos irmãos e irmãs.
Rezemos pelas vítimas dos recentes ataques aos locais de culto em Burkina Faso; bem como pela população do Haiti, onde continuam os crimes e os sequestros perpetrados por gangues armadas.
No domingo, 25 de fevereiro, diversos ataques terroristas tiveram como alvo católicos, muçulmanos e soldados em Burkina Faso. Quinze fiéis morreram e dois ficaram feridos. No mesmo dia, outro ataque também teve como alvo uma mesquita, com um grande número de vítimas.
No Haiti, há menos de uma semana, seis Irmãos do Sagrado Coração foram sequestrados por grupos armados enquanto se dirigiam a uma escola, e um sacerdote foi sequestrado após celebrar a missa na capital, Porto Príncipe.