Papa lamenta morte de missionárias italianas em Burundi

Três religiosas foram encontradas mortas no convento onde viviam em missão

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Papa pede que morte das freiras ajude a construir uma autêntica fraternidade entre os povos / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano

O Papa Francisco expressou pesar pela morte de três irmãs missionárias xaverianas italianas mortas no convento em Burundi, na missão de Kamenge, norte da capital africana Bujumbura. Trata-se das irmãs Olga Raschietti, Lucia Pulici e Bernardetta Boggian.

Francisco enviou dois telegramas, divulgados nesta segunda-feira, 8, pelo Vaticano. Um foi para o núncio apostólico em Bujumbura, Dom Evaristo Ngoyagoye, e o outro para a superiora geral das missionárias xaverianas, irmã Inês Frizza. Em ambas as mensagens, o Santo Padre se diz atingido pela trágica morte das religiosas.

“Ele (o Papa) deseja que o sangue derramado se torne semente de esperança para construir a autêntica fraternidade entre os povos”, escreve o secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, que assina a mensagem, informando ainda que Francisco assegura suas orações pelas generosas testemunhas do Evangelho.

O superior dos missionários xaverianos em Burundi, padre Mario Pulcini, trabalhava com as religiosas há muitos anos. Ele diz que todos estão em estado de choque com o acontecimento e não sabem o que pode ter acontecido.

“É uma coisa muito grosseira, pode ser uma vingança, pode ser que tenha acontecido alguma coisa com alguém… Mas, não conseguimos encontrar uma justificativa, uma motivação para crimes assim (…) Esta é realmente uma tragédia, que arrisca colocar em crise o povo e os trabalhadores, sobretudo os catequistas e outros que ajudam a paróquia”.

Sobre as religiosas, padre Mario informa que elas estavam no bairro de Kamenge há cerca de sete anos, depois de terem trabalhado no Congo. Ele contou um pouco do trabalho desempenhado por elas, destacando a grande perda que suas mortes significam.

“Irmã Lúcia trabalhou, sobretudo, em nível de santidade: tinha tratado milhares de doentes. Fazia um trabalho extraordinário para a paróquia, para a Igreja, serviços simples… Era muito bem querida pelo povo. Olga tinha trabalhado por muitos anos no Congo na catequese, na pastoral do ensino… Porém, tinha uma grande sensibilidade pelos doentes. (…) E Bernardetta, que foi superiora por muitos anos, também na direção geral, dedicava-se, sobretudo, à escola de corte e costura pra meninas. Realmente, é uma grande perda para nós, para Kamenge, para a Igreja em Burundi e penso que também para o Congo”.

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