Na garagem de um condomínio, Papa visitou comunidade situada no oeste da cidade e falou sobre importância da família e educação dos filhos
Da Redação, com Vatican News
Comunidade de Palmarola, na periferia de Roma, ouve as palavras do Papa Francisco / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
O Papa Francisco fez uma “visita surpresa” ao bairro de Palmarola, na extrema periferia oeste de Roma, para encontrar-se com algumas famílias. No terceiro encontro da “Escola de Oração”, realizada na tarde desta quinta-feira, o Pontífice esteve na garagem de um condomínio para catequizar.
Cerca de 30 famílias, paroquianas da igreja vizinha de Santa Brígida da Suécia, participaram do momento de evangelização. O Santo Padre, sentado em uma poltrona, falou justamente sobre a família e seus desafios e dificuldades, suas belezas e potencialidades para a Igreja e a sociedade.
“Defendamos a família, que é oxigênio para criar os filhos”, afirmou, acrescentando que “tempestades” podem surgir, mas não se deve desanimar. “Se os pais brigam”, prosseguiu, “é normal, mas devem fazer as pazes antes do fim do dia, porque a guerra fria do dia seguinte é terrível”.
Neste contexto, Francisco enfatizou a importância de usar três palavras-chave – “desculpa”, “com licença” e “obrigado”. Ele ressaltou que são pequenos e importantes os passos do cotidiano, principalmente para as crianças, que observam os adultos.
Importância do testemunho
Na sequência, quatro jovens perguntaram como é possível fortalecer a fé nos dias atuais. “A única maneira é o testemunho”, respondeu o Papa, confiando à juventude a missão de “levar a história adiante” sem nunca “ficar caídos”. “Uma das coisas bonitas dos jovens é que se levantam. Todos caímos na vida, mas o importante é não ficar no chão quando escorregarmos”, explicou.
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Um homem expressou o desejo de ter uma igreja maior no local e que pudesse ser um ponto de encontro para todos do bairro. O Pontífice comentou que a Igreja começa a se formar na comunidade e fez um apelo para que as crianças e os idosos não sejam negligenciados. “Não se esqueçam, os idosos são a memória e as crianças a promessa”, ressaltou.
Dialogar com as crianças
Em relação aos pequenos, dois homens questionaram como manter a fé nestes tempos difíceis e como criar os filhos próximos à Igreja. O Santo Padre voltou a apontar o testemunho como resposta, acrescentando que o primeiro conselho é o amor entre os pais. “Se precisam brigar, não o façam na frente dos filhos”, orientou.
Da mesma forma, Francisco indicou quão fundamental é o diálogo com os filhos. “Nunca deixem de falar com eles”, afirmou, reforçando que a educação é feita com diálogo e que “as coisas da vida se aprendem em casa, não com outros que ensinam sabe-se lá o quê”.
Por fim, o Papa saudou os presentes, despedindo-se com abraços e fotografias. De presente a essas famílias, Francisco deixou um quadro com a imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus: “Assim vocês podem guardá-lo aqui no prédio”, concluiu.
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