Ao dar as boas-vindas a um grupo de embaixadores recém-nomeados junto à Santa Sé, o Papa Francisco os lembra de sua responsabilidade de contribuir para o bem comum de toda a família humana
Da redação, com Vatican News
Na manhã desta quinta-feira, 15, o Papa Francisco recebeu as Cartas Credenciais de 8 novos Embaixadores junto à Santa Sé. São os embaixadores de Belize, Bahamas, Tailândia, Noruega, Mongólia, Níger, Uganda e Sudão.
É necessário o trabalho da diplomacia
Ao dar as boas-vindas, o Santo Padre recordou que cada um deles compartilha com razão a preocupação de construir a comunidade internacional, como demonstra a participação de todos nas diversas organizações e instituições internacionais que são uma expressão prática da necessidade de solidariedade e cooperação entre os povos. “Nesta tarefa vital e coletiva de procurar salvaguardar e promover o bem-estar de homens e mulheres em todo o mundo”, continuou o Papa, “especialmente em nossos dias marcados pelos problemas contínuos da crise de saúde global e pelos conflitos violentos em curso em todo o mundo, a ação concertada de toda a família das nações e o trabalho da diplomacia são mais do que nunca necessários”.
Construtores de paz
Em particular, disse o Papa, vocês iniciam sua nova missão diplomática “em uma época de maior sensibilidade política pelas crescentes violações do direito internacional e para o que há muito eu defini, uma terceira guerra mundial combatida em pedaços”.
“Se quisermos que a paz tenha uma possibilidade e que os pobres tenham a perspectiva de um futuro melhor, somos todos chamados a mostrar maior vigilância e a responder ao chamado para sermos construtores de paz no nosso tempo.”
Em seguida, Francisco sugeriu aos presentes que para enfrentar estes desafios, “cada uma de suas nações, sejam elas antigas ou jovens, pode se valer de um vasto patrimônio de tesouros históricos, intelectuais, tecnológicos, artísticos e culturais, que são contribuições únicas e distintivas de seus povos.
Direitos humanos fundamentais
Ao oferecer generosamente seus recursos materiais, humanos, morais e espirituais, os países respondem a uma vocação nobre e essencial, disse o Pontífice afirmando em seguida:
“De fato, é somente através do esforço para abordar os problemas da humanidade de forma cada vez mais integrada e solidária que soluções podem ser encontradas.”
Citando as situações generalizadas que afetam os direitos humanos fundamentais, recordou “a falta de acesso universal à água potável, alimentos ou cuidados básicos de saúde; a necessidade de garantir a instrução para todos e também um trabalho digno”.
Papel dos diplomatas
“Com a constantemente sensibilização sobre a situação dos que estão à margem da sociedade, o papel de vocês, como diplomatas, pode contribuir para levar luz nos cantos mais escuros do nosso mundo, levar ao centro os que estão na periferia e dar voz aos que não têm voz ou foram silenciados”, recordou Francisco.
Por fim, ao concluir seu encontro com os novos embaixadores o Papa garantiu-lhes a cooperação e o apoio da Secretaria de Estado e dos Dicastérios da Cúria Romana. “Com base nas muitas iniciativas existentes e nas áreas de interesse comum, estou confiante de que as relações positivas e cordiais entre seus países e a Santa Sé continuarão a se desenvolver e a dar frutos”.