O Papa reforçou a importância de uma educação dinâmica a uma delegação do “Global Researchers Advancing Catholic Education Project”
Da Redação, com Vatican News
Antes de iniciar a audiência da última quarta-feira, 20, o Papa Francisco encontrou uma delegação do “Global Reseachers Advancing Catholic Education Project”, na Sala Paulo VI.
O Papa reiterou a importância de uma educação dinâmica que transmita a herança do passado, mas que avance, sem parar para se fixar nas raízes, a fim de fazer com que o indivíduo cresça.
“Educar não é ‘encher a cabeça com ideias’, porque assim se forma ‘autômatos’, mas caminhar juntos em uma tensão entre risco e segurança”. Disse o Papa Francisco em um discurso, depois de entregar o texto a um grupo do Global Researchers Advancing Catholic Education Project (GRACE).
A delegação é um novo projeto internacional de pesquisa promovido por voluntários com o objetivo de promover os valores da educação católica no que diz respeito à identidade e ao diálogo.
O direito de cometer erros
“Educar é arriscar na tensão entre a cabeça, o coração e as mãos: “em harmonia, ao ponto de pensar o que sinto e faço, de sentir o que penso e faço, de fazer o que sinto e penso”. Afirmou Francisco
O Pontífice pediu aos professores primários, secundários e universitários que trabalhem ao lado dos estudantes em seu percurso educativo: “Não se pode educar sem caminhar junto com as pessoas que se está educando”, explicou.
Francisco disse que educar não é dizer coisas puramente retóricas; Educar é colocar o que é dito em contato com a realidade. Para ele os jovens têm o direito de cometer erros, mas o educador os acompanha no caminho para dirigir esses erros, para que não sejam perigosos.
“O verdadeiro educador, continuou Francisco, nunca tem medo de erros. Ele acompanha, pega pela mão, escuta, dialoga. Não fica assustado e espera”.
Esta é a educação humana: educar “é este levar adiante fazendo crescer, ajudando a crescer”, destacou.
Educar na tradição que é dinâmica
Através de um porta-voz, a delegação do GRACE, abriu um diálogo com Francisco, e explicou para ele sobre o objetivo do projeto.
A meta é educar não apenas transmitindo conhecimentos, mas também dando espaço ao âmbito espiritual e pastoral e ao que os idosos podem transmitir aos jovens.
O Papa destacou em seguida que o diálogo entre jovens e idosos é importante, porque para crescer, a árvore precisa de relações estreitas com suas raízes.
A tradição não é estática: é dinâmica
O pontífice ainda disse o seguinte: “Há um poeta da minha terra que diz algo belo: “Tudo o que floresce na árvore vem do que tem debaixo da terra. Sem raízes, não se pode ir adiante. Somente com as raízes nos tornamos pessoas”.
O Papa diz não ao tradicionalismo frio e rígido e reforça que a verdadeira tradição é tirar do passado para ir adiante. A tradição não é estática: “é dinâmica, tendendo a ir em frente”, concluiu.