Durante a conversa com jornalistas no avião, um correspondente perguntou sobre a possibilidade de o Papa viajar para Kiev, na Ucrânia
Da redação, com Vatican News
Enquanto cumprimentava os jornalistas a bordo do voo papal de Roma para Malta, o Papa Francisco foi questionado se considera visitar a capital ucraniana de Kiev, e respondeu que isso pode acontecer.
Como é habitual nas viagens apostólicas do Papa Francisco, o Pontífice dá as boas-vindas aos jornalistas a bordo do voo e brevemente cumprimenta cada um deles.
A 36ª Visita Apostólica do Santo Padre, em que o acolhimento de migrantes e refugiados é o tema principal, é realizada no segundo mês da guerra na Ucrânia. O presidente da Ucrânia falou várias vezes com o Papa Francisco ao telefone e o encorajou a visitar a nação devastada pela guerra e a ser uma força mediadora entre Kiev e Moscou. O arcebispo major Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, convidou o Papa Francisco para a Ucrânia no passado.
Durante os Angelus dominical e suas audiências gerais semanais às quartas-feiras, o Papa fez apelos constantes para o fim dos bombardeios e a violência que fazem milhões de ucranianos fugirem de suas casas e ceifam inúmeras vidas diariamente.
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O Sucessor de Pedro pediu que a Santa Sé faça o que for possível para ajudar a pôr fim a este conflito. O Santo Padre também participou de videochamadas com o líder da Igreja Ortodoxa Russa, Patriarca Kirill de Moscou.
O prefeito de Kiev, Vitalij Klyčko, convidou pessoalmente o Papa. Após o convite, Francisco reiterou sua proximidade “ao sofrimento da cidade, de seu povo, daqueles que tiveram que fugir e daqueles que são chamados a administrá-lo”, como disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Em 26 de fevereiro, dois dias depois que a Rússia invadir a Ucrânia e a violência aumentar dramaticamente, o Pontífice expressou ao presidente ucraniano “sua mais profunda tristeza pelos trágicos eventos que estão ocorrendo em seu país”.
Ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco alertou contra o nacionalismo, a guerra e pediu o desarmamento.