Visita do Papa Francisco acontece por ocasião do Centenário da aparição dos estigmas permanentes de São Pio de Pietrelcina e pelo 50º aniversário de sua morte
Denise Claro
Da redação
Na manhã deste sábado, 17, o Papa Francisco embarcou de helicóptero em direção às cidades de Pietrelcina e de San Giovanni Rotondo, por ocasião do Centenário da aparição dos estigmas permanentes de São Pio de Pietrelcina e pelo 50º aniversário de sua morte.
Ao chegar, por volta das 8h (horário de Roma), na praça ao lado da Piana Romana, o Pontífice foi recebido pelo arcebispo de Benevento, S.E. Mons. Felice Accrocca, e pelo prefeito de Pietrelcina, Domenico Masone.
O Santo Padre faz uma breve pausa para oração na Capela de São Francisco em frente ao eremita dos estigmas. Logo depois, se encontrou com os fiéis.
Francisco disse estar feliz por celebrar na terra de Padre Pio este centenário, no lugar em que o santo nasceu e começou sua longa e fecunda vivência humana e espiritual.
O Papa lembrou que foi naquela comunidade, que Francisco Forgione temperou sua própria humanidade, aprendeu a rezar e a reconhecer a carne do Senhor nos pobres, até crescer no seguimento de Cristo e pedir para ser admitido entre os Meninos Capuchinhos Menores, tornando-se Pio da Pietrelcina.
“Encontramo-nos hoje no mesmo terreno em que Padre Pio viveu em setembro de 1911 para “respirar um pouco” de ar mais saudável depois de ter experimentado a melhora em seu corpo. Naquele momento, na verdade, residia em seu país natal por razões de saúde. Esse não foi um momento fácil para ele: ele foi fortemente atormentado em seu coração e temia cair no pecado, sentindo-se assaltado pelo diabo. Com poucas pessoas, ele poderia falar sobre isso através de cartas e no país: só para o Arcebispo Don Salvatore Pannullo manifestou “quase tudo”, na “intenção de ter algumas luzes”, disse Francisco em seu discurso.
O Papa lembrou que nesses momentos terríveis, Padre Pio, se colocava em contínua oração e confiava em Deus:
“Todos os fantasmas feios que o demônio me apresenta desaparecem quando confio em me abandonar nos braços de Jesus”, escreveu Padre Pio, na ocasião.
O Pontífice ressaltou que Padre Pio imergia-se em oração para aderir cada vez melhor aos projetos divinos. Lembrou que foi através da celebração da Santa Missa, o coração de todos os dias e a plenitude de sua espiritualidade, que Padre Pio alcançou um alto nível de união com o Deus. Durante este período, ele recebeu especiais dons místicos do Alto, que precederam a manifestação em sua carne dos sinais da paixão de Cristo.
O Santo Padre enfatizou em seu discurso que os fiéis conterrâneos de Padre Pio contam com o santo como uma das figuras mais bonitas e luminosas do seu povo, exemplo de oferta e serviço:
“Este humilde frade capuchinho surpreendeu o mundo com sua vida devotada à oração e ao paciente ouvindo os irmãos, em cujo sofrimento derramou o amor de Cristo como um bálsamo. Imitando seu exemplo heróico e suas virtudes, também vocês se tornem instrumento do amor de Jesus pelos mais fracos. Ao mesmo tempo, considerando sua lealdade incondicional à Igreja, dêem testemunho da comunhão, porque somente a comunhão constrói e constrói.”
E finalizou, encorajando os fiéis a preservarem como tesouro o testemunho cristão e sacerdotal de Padre Pio:
“Espero que este território possa tirar uma nova vida dos ensinamentos da vida do Padre Pio em um momento difícil como o presente, enquanto a população diminui gradualmente e envelhece porque muitos jovens são forçados a ir a outro lugar para procurar trabalho. A intercessão do seu cidadão santo apoia as intenções de unir as forças, de modo a oferecer especialmente às novas gerações perspectivas concretas para um futuro de esperança. Que não se perca uma atenção imediata e cheia de ternura para com os idosos, patrimônio incomparável de nossas comunidades.”
Ao final, o Santo Padre cumprimentou a comunidade capuchinha e alguns fiéis, antes de seguir para San Giovanni Rotondo.