Declaração conjunta enfatiza que a cooperação nasce da convicção de que toda pessoa tem o direito de viver uma vida digna e saudável
Vatican News
“Reafirmamos nossa recíproca cooperação pela melhoria da saúde e do bem-estar das comunidades necessitadas”. É o que escrevem o Papa Francisco e o Xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, na declaração divulgada em 18 de novembro de 2019, assinada pelo Núncio Apostólico nos Emirados Árabes Unidos, Dom Francisco Montecillo Padilla, e pelo subsecretário da Corte do Príncipe herdeiro, Mohamed Mubarak Al Mazrouei.
No texto, por ocasião do Reaching the Last Mile Forum de Abu Dhabi, enfatiza-se que a cooperação nasce da convicção de que toda pessoa tem o direito de viver uma vida digna e saudável. O contexto em que muitas patologias se manifestam – lê-se na declaração – é frequentemente a pobreza e a vulnerabilidade social dos mais marginalizados.
O convite conjunto, portanto, é o de renovar os esforços – incluindo uma ação política global e a cooperação voluntária entre a sociedade civil e os Estados, que têm uma responsabilidade pela saúde dos próprios cidadãos – para promover programas de saúde, sociais e educativos e para desenvolver adequadas redes médicas de prevenção, diagnóstico e tratamento, para que ninguém seja deixado para trás.
A declaração conjunta lança um apelo à comunidade internacional para que se trabalhe em conjunto para alcançar as populações mais vulneráveis, com particular atenção às doenças que atingem as pessoas mais pobres.
Uma das áreas de intervenção é a luta para acabar com as doenças tropicais negligenciadas, que afetam mais de 1 bilhão e meio de pessoas em todo o mundo. Não obstante os programas implementados em nível internacional e a melhoria do acesso aos tratamentos, essas patologias permanecem secundárias na agenda global.
Diante de doenças que hoje podem ser monitoradas, prevenidas e eliminadas – diz ainda declaração – é necessário um maior esforço por parte de todos para coordenar os recursos disponíveis, a fim de obter soluções adequadas. Isso também exigirá uma abordagem interdisciplinar, sócio sanitária e ambiental.
Defendendo a garantia ao direito a tratamentos para todas as pessoas, o texto termina com o compromisso de apoiar cada iniciativa que vá nessa direção e com o convite à solidariedade de todos aqueles que compreendem os sofrimentos de quem está na necessidade e vive em áreas menos favorecidas do mundo.