Francisco refletiu sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia
Da redação, com Vatican News
“No banquete de nossa vida às vezes descobrimos que o vinho está faltando, e que nos faltam as forças… tantas coisas. Isso acontece quando as preocupações que nos afligem, os medos que nos assaltam, ou as forças perturbadoras do mal nos tiram o gosto da vida, a embriaguez da alegria e o sabor da esperança”. Foi o que disse o Papa Francisco em sua reflexão antes da oração mariana do Angelus deste domingo, 19. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal na Praça São Pedro.
O Evangelho da liturgia deste 2º Domingo do Tempo Comum fala sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia. Trata-se de uma narração que antecipa e sintetiza toda a missão de Jesus, indica o Santo Padre: no dia da vinda do Messias – assim diziam os profetas – o Senhor preparará “um banquete de vinhos excelentes” (Is 25,6) e “os montes destilarão o vinho novo” (Am 9,13); Jesus, é o Esposo que veio trazer o “vinho novo”.
Carência e superabundância
O Pontífice frisa duas coisas nesse Evangelho: a carência e a superabundância. Por um lado, há falta de vinho e Maria diz ao Seu Filho: “Eles não têm mais vinho”; por outro lado, Jesus intervém mandando encher seis grandes ânforas e, no final, o vinho é tão abundante e requintado que o mestre do banquete pergunta ao noivo por que conservou até o fim.
Assim, “o sinal nosso é sempre a carência, mas o sinal de Deus é a superabundância”, e “a superabundância de Caná é o sinal. À carência do homem, como responde Deus? Com a superabundância”, destaca o Papa. Francisco chama então a atenção dos fiéis: “Deus não é avaro; Deus, quando dá, dá muito. Ele não lhe dá um pedacinho, ele dá muito. Às nossas carências, o Senhor responde com sua superabundância”.
O Santo Padre assinala que parece uma contradição: “mais nossa carência, mais superabundância do Senhor, porque o Senhor quer fazer uma festa conosco, uma festa que não terá fim”. “Rezemos então à Virgem Maria. Para que ela, a ‘Mulher do vinho novo’, interceda por nós e, neste Ano Jubilar, nos ajude a redescobrir a alegria do encontro com Jesus”.