Angelus

Papa: diante de medos e forças perturbadoras do mal, Deus dá esperança

Francisco refletiu sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante o Angelus deste domingo, 19/ Foto: Vatican Media/ Simone Risoluti­ via REUTERS

“No banquete de nossa vida às vezes descobrimos que o vinho está faltando, e que nos faltam as forças… tantas coisas. Isso acontece quando as preocupações que nos afligem, os medos que nos assaltam, ou as forças perturbadoras do mal nos tiram o gosto da vida, a embriaguez da alegria e o sabor da esperança”. Foi o que disse o Papa Francisco em sua reflexão antes da oração mariana do Angelus deste domingo, 19. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal na Praça São Pedro.

O Evangelho da liturgia deste 2º Domingo do Tempo Comum fala sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia. Trata-se de uma narração que antecipa e sintetiza toda a missão de Jesus, indica o Santo Padre: no dia da vinda do Messias – assim diziam os profetas – o Senhor preparará “um banquete de vinhos excelentes” (Is 25,6) e “os montes destilarão o vinho novo” (Am 9,13); Jesus, é o Esposo que veio trazer o “vinho novo”.

Carência e superabundância

O Pontífice frisa duas coisas nesse Evangelho: a carência e a superabundância. Por um lado, há falta de vinho e Maria diz ao Seu Filho: “Eles não têm mais vinho”; por outro lado, Jesus intervém mandando encher seis grandes ânforas e, no final, o vinho é tão abundante e requintado que o mestre do banquete pergunta ao noivo por que conservou até o fim.

Assim, “o sinal nosso é sempre a carência, mas o sinal de Deus é a superabundância”, e “a superabundância de Caná é o sinal. À carência do homem, como responde Deus? Com a superabundância”, destaca o Papa. Francisco chama então a atenção dos fiéis: “Deus não é avaro; Deus, quando dá, dá muito. Ele não lhe dá um pedacinho, ele dá muito. Às nossas carências, o Senhor responde com sua superabundância”.

O Santo Padre assinala que parece uma contradição: “mais nossa carência, mais superabundância do Senhor, porque o Senhor quer fazer uma festa conosco, uma festa que não terá fim”. “Rezemos então à Virgem Maria. Para que ela, a ‘Mulher do vinho novo’, interceda por nós e, neste Ano Jubilar, nos ajude a redescobrir a alegria do encontro com Jesus”.

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