Angelus

Papa destaca atitudes necessárias para viver bem o Advento

No Angelus, Francisco lembra que o tempo do Advento convida os católicos a se prepararem para o encontro com Jesus

Kelen Galvan
Da redação

Papa enfatizou que “ficar atentos e orar” é o modo de viver este tempo até o Natal / Foto Vatican Media

No Angelus deste primeiro domingo de dezembro, 2, o Papa Francisco lembrou que hoje tem início o Advento. O tempo litúrgico que prepara os católicos para o Natal, ajudando a elevar o olhar e abrir os coraçoes para acolher Jesus.

“No Advento não vivemos apenas a espera do Natal, somos também convidados a despertar a expectativa do retorno glorioso de Cristo. Preparando-nos para o encontro final com Ele, com escolhas coerentes e corajosas”, explica.

Francisco destacou ainda que nestas quatro semanas os fiéis são chamados a aguardar o retorno glorioso de Cristo e também o próprio encontro pessoal, no dia que o Senhor chamar a cada um. “Somos chamados a sair de um modo de vida resignado, habitual, alimentando esperanças e sonhos para um futuro novo”.

O Santo Padre lembrou que o Evangelho deste domingo (cf. Lc 21,25-28.34-36) foi precisamente nesta direção, advertindo contra a opressão de um estilo de vida egocêntrico e dos ritmos ‘convulsos’ do cotidiano.

“As palavras de Jesus são particularmente incisivas: ‘tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, embriaguez e das preocupações da vida. E que este dia não caia de repente sobre vós. Ficai atento e orai a todo momento”.

Atitudes para viver bem a espera

O Papa enfatizou que “ficar atentos e orar” é o modo de viver este tempo até o Natal. “O sono interior surge quando nós giramos ao redor de nós mesmos e ficamos presos no fechado da vida, com seus problemas, suas alegrias e suas dores, mas sempre rodando ao redor de nós mesmos. E isso cansa, chateia, fecha a esperança. Aqui está a raiz do torpor e da preguica, de que fala o Evangelho, apontou.

Nesse sentido, o Santo Padre destaca que o Advento convida os fiéis a um compromisso de vigilância, olhando para fora de si mesmos e ampliando a mente e o coração para as necessidades dos irmãos. “Este tempo é apropriado para abrirmos nossos corações, para nos questionar concretamente sobre quem e para quem dedicamos nossas vidas”, refletiu.

A segunda atitude para viver bem o tempo da espera pelo Senhor é a oração. “Trata-se de levantar e rezar, voltar os nossos pensamentos e sentimentos para Jesus, que está para vir. Nós aguardamos Jesus e queremos espera-Lo em oração, que está intimamente ligada com a vigilância”.

Francisco alertou que se o Natal for pensado em um contexto de consumismo, de ver o que pode ser comprado para aquele e para o outro, para a festa mundana, “Jesus passará e nós não o veremos”.

“Nós cristãos corremos o risco de nos mundanizar, perder a nossa identidade e até mesmo de paganizar o estilo cristão. Por isso, precisamos da Palavra de Deus, que por meio do profeta anuncia. ‘Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros (…) farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra’ (Jr 33,14-16). E a semente justa é Jesus que chega e nós o aguardamos”.

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