Antes de rezar o Angelus com fiéis neste domingo, 14, Francisco ressaltou importância de ter estilo de vida sóbrio ao anunciar o Evangelho
Da Redação, com Vatican News
Papa Francisco fala aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro / Foto: Vatican Media/IPA via Reuters Connect
O Papa Francisco rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro neste domingo, 14. Antes da oração, apresentou uma breve reflexão sobre o Evangelho do dia (Mc 6,7-13).
Na liturgia deste 15º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho narra o envio dos apóstolos feito por Jesus. O Mestre os manda dois a dois e ordena que levem somente o necessário. Foi justamente sobre esses aspectos que o Pontífice fez sua reflexão.
“O Evangelho não é proclamado sozinho, mas em conjunto, como comunidade, e para fazer isso é importante saber preservar a sobriedade”, afirmou o Santo Padre. Ele ressaltou a importância da sobriedade ao compartilhar recursos, habilidades e dons, prescindindo do supérfluo que se alcance a liberdade.
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Tal sobriedade, prosseguiu Francisco, também é necessária nos pensamentos e nos sentimentos, “abandonando preconceitos e a rigidez que, como bagagem inútil, pesam e dificultam o caminho, para favorecer, ao invés, o debate e a escuta e, assim, tornar o testemunho mais eficaz”.
Adotar estilo de vida sóbrio
Para exemplificar, o Papa citou as famílias e comunidades: “Quando nos contentamos com o necessário, mesmo com pouco, com a ajuda de Deus é possível seguir em frente e se entender, compartilhando o que há, todos renunciando a alguma coisa e apoiando-se mutuamente”. Essa atitude, expressou, já é um anúncio missionário, antes e até mais do que palavras, porque encarna a beleza da mensagem de Jesus na concretude da vida.
“Uma família ou uma comunidade que vive dessa forma, de fato, cria em torno de si um ambiente rico de amor, no qual é mais fácil abrir-se à fé e à novidade do Evangelho, e do qual se sai melhor, mais sereno”, acrescentou o Pontífice.
Por outro lado, continuou o Santo Padre, “se cada um segue seu próprio caminho, se o que conta são apenas as coisas – que nunca são suficientes –, se não há escuta, prevalecem o individualismo e a inveja, – que é mortal, é um veneno –, o ar se torna pesado, a vida difícil, e os encontros se tornam mais ocasião de inquietação, tristeza e desânimo do que de alegria”.
Diante disso, Francisco enfatizou que a comunhão e a sobriedade são valores essenciais para a vida cristã e indispensáveis para uma Igreja missionária em todos os níveis.
Por fim, o Papa convidou os fiéis a se questionarem se sentem alegria em anunciar o Evangelho e se têm feito isso comprometidos em caminhar juntos enquanto comunidade, cultivando um estilo de vida sóbrio. “Que Maria, Rainha dos Apóstolos, ajude-nos a ser verdadeiros discípulos missionários, em comunhão e sobriedade de vida”, concluiu.
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