Telegrama

Papa comenta morte de cardeal Tumi e afirma: deixou marca indelével

Francisco recordou o purpurado em telegrama ao arcebispo de Doula

Da redação, com Vatican News

Cardeal Tumi /Foto: Eric Vandeville/ABACAPRESS.COM via Reuters

Papa Francisco comenta morte de cardeal Tumi e afirma que o purpurado deixou marca indelével na Igreja e na sociedade. As palavras do Santo Padre constam no telegrama enviado ao arcebispo de Douala, Dom Samuel Kleda. Cardeal Christian Tumi, faleceu aos 90 anos neste sábado, 3.

Segundo o Pontífice, Dom Tumi se empenhou com coragem na defesa da democracia e na promoção dos direitos humanos. O Papa expressa suas condolências e sua união na oração “ao Colégio Cardinalício, aos entes queridos do falecido, bem como a todos aqueles que foram tocados por esse luto.”

“Tendo atingido uma idade avançada, manteve-se sempre disponível ao serviço da paz e da reconciliação. Criado cardeal por São João Paulo II em 1988, foi um fiel colaborador dos Papas, assumindo vários cargos na Cúria Romana”, escreve Francisco.

Oração e benção

Ao final do telegrama, o Santo Padre manifesta sua oração para que o Senhor acolha o cardeal na sua paz e alegria.

 “Como um sinal de conforto, durante este tempo pascal, dirijo-lhe, Excelência, a Bênção Apostólica, bem como à família e aos entes queridos do cardeal falecido, em particular àqueles que o cercaram nos últimos anos, e a todos aqueles que participarão, na esperança da ressurreição, da celebração das exéquias”, conclui.

Cardeal Tumi

O cardeal Tumi dedicou sua vida como pastor pela pacificação e desenvolvimento de seu país, a República dos Camarões.

Em 2019, recebeu o Prêmio Nelson Mandela por ter promovido a paz e o respeito pelos direitos humanos contra todas as formas de discriminação étnica e religiosa em seu país.

Biografia

O purpurado camaronês nasceu em 15 de outubro de 1930 em Kikaikelaki. Ele era o quarto de sete filhos.

Ordenado sacerdote em 1966, exerceu o ministério de vigário paroquial em Fiango e, até 1969, exerceu a docência como professor no Seminário Menor “Bishop Rogan College”.

Após estudos no exterior, foi nomeado em 1973 foi reitor do Seminário Maior Regional de Bambuí, da Arquidiocese de Bamenda.

São João Paulo II o nomeou bispo de Yagoua em 1979 e no ano seguinte o consagrou na Basílica de São Pedro.

Arcebispo de Garoua no início dos anos 1980, Wojtyla o fez cardeal em 1988. De 1991 a 2009 foi arcebispo de Douala.

Foi presidente da Conferência Episcopal dos Camarões e do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM). Participou de vários Sínodos, incluindo as duas Assembleias Especiais para a África em 1994 e 2009.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo