APÓS O ANGELUS

Papa chama atenção para o 'perigo mortal' que Somália enfrenta

Ao final da recitação do Angelus, o pensamento do Papa volta-se para a população da Somália e dos países vizinhos que enfrenta uma grave crise humanitária também ligada a uma seca sem precedentes

Da redação, com Vatican News

Halima Hassan Abdullahi aponta para os túmulos de suas filhas gêmeas, Ebla e Abdia, que morreram de fome no campo de Kaxareey para deslocados internos, em Dollow, região de Gedo, na Somália / Foto: Feisal Omar – Reuters

Após a recitação da Oração Mariana deste domingo, 14, o Papa Francisco chamou a atenção para “a grave crise humanitária que afeta a Somália e partes dos países vizinhos”.

O Sucessor de Pedro enfatizou que “as populações desta região, que já vivem em condições muito precárias, estão agora em perigo mortal da seca”.

“Espero que a solidariedade internacional possa responder eficazmente a esta emergência. Infelizmente, a guerra desvia a atenção e os recursos, mas esses são os objetivos que exigem o maior empenho: a luta contra a fome, a saúde, a educação”, disse.

Soando o alarme

As agências de ajuda também soaram o alarme com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), dizendo que a fome pode se instalar em oito regiões da Somália até setembro se as quebras de safra e a menor produção de gado continuarem.

De acordo com a agência de refugiados da ONU ACNUR e o Conselho Norueguês de Refugiados (NRC), mais de 755.000 pessoas foram deslocadas internamente na Somália por causa da grave seca deste ano, elevando o número total para 1 milhão de pessoas desde janeiro de 2021, quando a seca começou.

“Este marco de 1 milhão serve como um grande alarme para a Somália”, disse Mohamed Abdi, diretor nacional do NRC na Somália. “A fome agora está assombrando todo o país. Estamos vendo cada vez mais famílias forçadas a deixar tudo para trás porque, literalmente, não há água ou comida em suas aldeias. O financiamento da ajuda precisa ser acelerado urgentemente antes que seja tarde demais”.

Misericórdia Divina e Ucrânia

O Papa dirigiu também um pensamento especial aos numerosos peregrinos reunidos neste domingo no Santuário da Divina Misericórdia de Cracóvia, onde, há vinte anos, São João Paulo II fez o Ato de entrega do mundo à Divina Misericórdia.

“Mais do que nunca, vemos hoje o significado desse gesto, que desejamos renovar na oração e no testemunho de nossas vidas. A misericórdia é o caminho da salvação para cada um de nós e para o mundo inteiro. E pedimos ao Senhor misericórdia especial, misericórdia e piedade pelo povo atormentado da Ucrânia“, disse.

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