ANGELUS

Papa aponta valores humanos e cristãos como “bússola” para democracia

Antes de rezar o Angelus em Trieste neste domingo, 7, Francisco enfatizou exemplo dado por bispo e incentivou fiéis a enfrentar desafio de abertura

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco contempla ícone durante oração do Angelus / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

Após celebrar a Missa de encerramento da 50ª Semana Social dos Católicos neste domingo, 7, o Papa Francisco dirigiu-se aos fiéis reunidos na Piazza Unità d’Italia.

Nas palavras que precederam a tradicional oração do Angelus, o Pontífice agradeceu e destacou o exemplo do bispo de Trieste (cidade que sediou o evento), Dom Enrico Trevisi, em relação aos doentes.

“Ele os conhece pelo nome! E isso é um exemplo, porque a caridade é concreta, o amor é concreto”, expressou o Santo Padre. Ele agradeceu ao bispo por esta lição e frisou que toda pessoa, saudável ou doente, grande ou pequena, tem dignidade. “A dignidade se mostra pelo nome, e ele sabe o nome”, frisou.

Leia mais
.: Papa: “cuidar uns dos outros requer a coragem de pensar como povo”

.: Mundo precisa de fé que acolha problemas da sociedade, diz Papa

Na sequência, Francisco agradeceu ao bispo por suas palavras e pela preparação da visita, e a todos aqueles que colaboraram de muitas maneiras, especialmente na liturgia e nos vários serviços, bem como as muitas pessoas que participaram com a oração. “Asseguro a minha proximidade aos doentes, aos encarcerados, aos migrantes, a todos aqueles que mais sofrem”, manifestou.

Desafio da abertura

Voltando-se para Trieste, o Papa falou da vocação da cidade portuária de reunir pessoas diferentes, especialmente por conta de sua localização geográfica. “Nestas situações, o desafio para as comunidades eclesial e civil é saber combinar abertura e estabilidade, acolhimento e identidade”, reconheceu.

Contudo, o Pontífice indicou que a cidade “têm ‘tudo’ para enfrentar esse desafio”. “Como cristãos, temos o Evangelho, que dá significado e esperança às nossas vidas; e como cidadãos, vocês têm a Constituição, uma ‘bússola’ confiável para o caminho da democracia”, expressou, exortando-os a seguir em frente, sem medo, abertos e firmes nos valores humanos e cristãos.

Por fim, de Trieste o Pontífice renovou o compromisso de rezar e trabalhar pela paz: pela “martirizada” Ucrânia, pela Palestina e por Israel, pelo Sudão, por Mianmar e por todos os povos que sofrem com a guerra, concluiu.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo