No momento em que a Fundação João Paulo II para o Sahel comemora o seu 40º aniversário, Francisco exorta a Igreja a promover o desenvolvimento em toda a região da África Ocidental
Da redação, com Vatican News
“O povo de Deus deve estar na linha de frente, sempre e em toda parte, para responder ao grito silencioso dos incontáveis pobres do mundo, especialmente no Sahel, para dar-lhes voz, para defendê-los e para ser solidário com eles, diante de tanta hipocrisia e tantas promessas não cumpridas”. Esse é o apelo do Papa Francisco em uma mensagem enviada nesta sexta-feira, 10, ao cardeal Michael Czerny, por ocasião do evento de comemoração do aniversário de 40 anos da Fundação João Paulo II para o Sahel, com a presença de membros do corpo diplomático e representantes de instituições internacionais e nacionais.
Uma crise que ameaça cada vez mais a paz e o desenvolvimento
Na texto, Francisco observa com preocupação o fato de que “os países dessa região da África Ocidental ainda estão passando por uma crise que ameaça cada vez mais a paz, a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento. Esses fenômenos”, escreve ele, “estão ligados ao terrorismo, à insegurança econômica e às mudanças climáticas” e “agravam a vulnerabilidade dos Estados e a pobreza dos cidadãos, com a consequência da migração dos jovens”.
O apelo de João Paulo II
Esse contexto “torna a tarefa da Fundação cada vez mais forte, difícil, mas cada vez mais essencial”, observa o Pontífice, referindo-se ao trabalho realizado pelo órgão que leva o nome do santo Papa polonês. E justamente ao recordar os “gritos do coração” de Wojtyla, Francisco relança seu “apelo a todas as pessoas de boa vontade do mundo: trabalhem pela segurança, pela justiça, pela paz no Sahel!”.
Não esperem para agir
“Não há mais tempo para esperar, devemos agir!”, alerta o Papa: “ninguém pode negar o direito fundamental de todo ser humano de viver com dignidade e de prosperar plenamente.”