EM PROGRAMA DE TV

Papa anuncia viagens para Polinésia e Argentina no segundo semestre

Em entrevista durante programa de televisão, Francisco falou sobre visitas apostólicas e outros temas, como bênçãos, confissões, guerras e migrantes

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco participou de programa televisivo italiano neste domingo, 14 / Foto: Reprodução NOVE no YouTube

O Papa Francisco anunciou que visitará a Polinésia e a Argentina neste ano. A revelação foi feita durante um programa de televisão italiano exibido neste domingo, 14, do qual o Pontífice participou por videochamada.

O Santo Padre comentou que planeja viajar ao arquipélago na Oceania no mês de agosto. Quanto ao seu país-natal, deve visitá-lo no final do ano. “As pessoas estão sofrendo muito lá, é um momento difícil para o país”, comentou, reiterando seu desejo de ir para a Argentina.

Deus abençoa a todos que O procuram

Durante a entrevista, Francisco abordou diversos temas. Ao ser questionado sobre o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, Fiducia Supplicans, ele respondeu que Deus abençoa a todos que O procuram.

Contudo, o Papa frisou que “depois as pessoas devem entrar em diálogo com a bênção do Senhor e ver qual é o caminho que o Senhor lhes propõe”. Neste contexto, comentou que os cristãos devem “pegá-las pela mão e ajudá-las a seguir esse caminho, não as condenar desde o início”.

Citando o papel dos confessores, o Pontífice reiterou o convite para “perdoar tudo” e tratar as pessoas “com muita bondade”. Ele partilhou que, em seus 54 anos de sacerdócio, negou o perdão apenas uma vez “por causa da hipocrisia da pessoa”. “Eu sempre perdoei tudo, mas também digo com a consciência de que aquela pessoa talvez fosse ter uma recaída, mas o Senhor nos perdoa, ajudar a não recair, ou a recair menos, mas perdoar sempre”, declarou.

Guerras e migrantes

O Santo Padre também falou sobre as guerras ao redor do mundo. No dia em que se completaram 100 dias do início do conflito entre Israel e o grupo radical Hamas, em 7 de outubro, ele afirmou que “é arriscado fazer a paz, mas é mais arriscado fazer a guerra”.

Ele voltou a abordar o tema da indústria bélica, que movimenta muito dinheiro em todo o planeta, e expressou seu temor quanto à capacidade de autodestruição que a humanidade tem atualmente. “Com esses avanços bélicos no mundo, nos perguntamos como acabaremos. Com armas atômicas agora, que destroem tudo. Como acabaremos”, refletiu.

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Em relação aos migrantes, Francisco sublinhou a crueldade com que eles são tratados. “É verdade que todos têm o direito de permanecer em sua própria casa e de migrar”, disse, mas “por favor, não fechem as portas”. Ele apontou para a necessidade de uma política migratória “bem pensada”, que ajude a “controlar o problema dos migrantes” e “remover todas essas máfias que exploram os migrantes”.

Futuro da Igreja e do Papa

Perguntado sobre reformas na Igreja, o Papa respondeu que a primeira que precisa ser implementada é “uma reforma dos corações”, limpando-o da maldade e da inveja. Depois, explicou, é que se passa para as estruturas, que “devem ser preservadas, mudadas, reformadas de acordo com a finalidade”.

Por fim, perguntaram ao Pontífice sobre uma possível renúncia ao pontificado. Ele disse que esta é uma possibilidade aberta a todos os Papas, mas que este não é um pensamento, nem uma preocupação, nem mesmo um desejo. “No momento, não está no centro de meus pensamentos e das minhas inquietações, de meus sentimentos”, concluiu.

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