Papa afirma que idosos são indispensáveis para a Igreja e a sociedade

Idosos são portadores da memória e da sabedoria da vida, destacou Papa Francisco

Da redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco recebeu, na manhã deste sábado, 23, na Sala Paulo VI, no Vaticano, os participantes na Conferência Internacional, promovida pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes da Saúde.

Em seu discurso, o Santo Padre começou falando sobre as pessoas idosas, que sempre foram e ainda continuam ser protagonistas na Igreja.

“Hoje, mais do que nunca, a Igreja deve dar exemplo a toda a sociedade do fato que essas pessoas, apesar das inevitáveis ‘doenças’, às vezes graves, são sempre importantes, ou melhor, indispensáveis”, afirmou o Santo Padre.

Os idosos, afirmou o Bispo de Roma, são portadores da memória e da sabedoria da vida, que retransmitem aos outros, e participam plenamente da missão da Igreja.

Francisco relembrou aos fiéis que a vida humana mantém sempre o seu valor aos olhos de Deus, para além de qualquer ponto de vista discriminatório. E acrescentou:

“A prolongação das expectativas da vida, ocorrida durante o século XX, comporta um número crescente de pessoas, que vai ao encontro de patologias neuro-degenerativas, muitas vezes acompanhadas por uma deterioração das capacidades cognitivas. Tais patologias investem o mundo sócio-sanitário, seja no que se refere à pesquisa, seja na assistência e na cura em estruturas sócio-assistenciais, como nas famílias, que permanecem o lugar privilegiado de acolhida e de solidariedade”.

O Papa disse ainda que as ajudas e os serviços adequados aos idosos são importantes, bem como o trabalho daqueles que lhes prestam assistência, como os familiares e os agentes de saúde.

“Isto só pode ser possível, esclareceu o Papa, em um contexto de confiança e no âmbito de uma relação de respeito mútuo. Assim sendo, a cura se torna uma experiência muito rica, seja em nível profissional que humano. Caso contrário, se torna semelhante a uma tutela física simples e fria”, explicou.

De acordo com o Pontífice, é preciso um maior esforço para que a assistência seja enriquecida por momentos de liberdade e dignidade, longe de fechamentos e silêncios que, muitas vezes, circundam as pessoas no âmbito assistencial.

Nesta perspectiva, o Papa Francisco destacou a importância do aspecto religioso e espiritual:

“Esta é uma dimensão que deve permanecer vital, mesmo quando as capacidades cognitivas diminuam ou se dissipam. Logo, é preciso atuar um particular trabalho pastoral, para acompanhar a vida religiosa das pessoas idosas, com graves patologias degenerativas, com formas e conteúdos diferenciados, porque a sua mente e o seu coração não interrompem o diálogo e a relação com Deus”.

O Santo Padre concluiu seu discurso com uma saudação especial aos idosos:

“Queridos amigos, vocês não são apenas destinatários do anúncio da mensagem evangélica, mas são sempre, com todo o direito, também anunciadores pela graça do seu Batismo. Vocês podem viver, todos os dias, como testemunhas do Senhor, em suas famílias, paróquias e nos ambientes onde vivem, levando a conhecer Cristo e o seu Evangelho, especialmente aos mais jovens. Agradeço-lhes de coração pelas suas orações”.

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