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Apelo

Papa afirma que drama dos migrantes é chaga aberta na humanidade

Francisco reza pelas 41 pessoas que perderam a vida em naufrágio próximo à Sicília e pede esforços políticos e diplomáticos para resolver esse drama e prevenir mais tragédias como essa

Da redação, com Vatican News

Grupo de migrantes tenta chegar na Tunísia neste sábado, 12/ Foto: Anadolu Agency via Reuters

“Dor e vergonha”. Essas duas palavras foram usadas pelo Papa Francisco no Angelus deste domingo, 13, ao se referir aos quase dois mil migrantes mortos ao tentar chegar às costas europeias somente em 2023:

“Outro trágico naufrágio ocorreu há poucos dias no Mediterrâneo: 41 pessoas perderam a vida. Eu rezei por eles. E com dor e vergonha devemos dizer que desde o início do ano quase dois mil homens, mulheres e crianças já morreram neste mar tentando chegar à Europa. É uma chaga aberta da nossa humanidade. Encorajo os esforços políticos e diplomáticos que procuram curá-la com espírito de solidariedade e fraternidade, assim como o empenho de todos aqueles que trabalham para prevenir os naufrágios e resgatar os migrantes.”

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Na última tragédia do canal da Sicília, ocorrida na última terça-feira, 8, 41 migrantes morreram quando a pequena embarcação em que viajavam há cinco dias, que saiu de Sfax, na Tunísia, foi atingida por uma onda e virou. Entre as vítimas também três crianças. Quatro sobreviventes foram transferidos de Lampedusa no sábado, 12. “Pediram para continuar a viagem mantendo-se unidos e assim foi feito”, precisou Pierluigi De Ascentiis, da área de Emergências da Cruz Vermelha Italiana em Lampedusa, acrescentando que para este domingo estão previstas cerca de mil transferências, enquanto os alojados na estrutura tem capacidade para 2.610.

Tragédias ligadas às migrações

As tragédias ligadas às migrações não conhecem pausas nos mares que banham a Europa: pelo menos seis pessoas morreram e duas continuam desaparecidas após o naufrágio de um barco que tentava atravessar o Canal da Mancha saído de França.

Contemporaneamente, no sul do Mediterrâneo, pelo menos dois migrantes morreram, incluindo uma criança, e outros cinco estão desaparecidos após o naufrágio de um barco com pelo menos 20 pessoas a bordo. O barco afundou a apenas 120 metros da costa de Gabés, no sudeste da Tunísia. O anúncio foi feito pela Guarda Nacional da Tunísia, especificando que as buscas estão em andamento para encontrar os desaparecidos; mas no Golfo de Gabes as correntes são muito fortes e as esperanças de encontrar alguém vivo são mínimas.

Enquanto isso, subiu para 17 o número de mortos no naufrágio na costa de Mianmar, que deixou  um número desconhecido de desaparecidos. Pelo menos 58 pessoas da etnia rohingya, etnia muçulmana que há anos sofre perseguição e violência em Mianmar, viajavam no barco com destino à Malásia – que partiu no domingo de Sittwe, capital do estado de Rakhine, na ex-Birmânia. Precisamente por isso, desde 2017 mais de 700 mil pessoas deixaram o país para se refugiar no vizinho Bangladesh.

Evento em setembro

O tema da imigração estará no centro do Med23 “Rencontres Méditerranéennes” de Marselha, encontro no qual o Papa Francisco participará de 22 a 23 de setembro junto com representantes de todas as confissões e religiões do Mediterrâneo. Os Encontros Mediterrâneos serão realizados na cidade francesa de 17 a 24 de setembro de 2023.

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