PALAVRAS DO PAPA
Audiência com voluntários que prestaram serviço na organização do Ano da Fé
Sala Clementina – Palácio Apostólico Vaticano
Segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Ano da Fé, que se concluiu ontem, foi para os crentes uma ocasião providencial para reavivar a chama da fé, aquela chama que nos foi confiada no dia do Batismo, para que fosse por nós protegida e partilhada. Durante este Ano, Ano especial, vocês gastaram com generosidade parte do vosso tempo e das vossas capacidades, especialmente a serviço dos percursos espirituais propostos aos vários grupos de fiéis com apropriadas iniciativas pastorais. Em nome da Igreja, agradeço-vos e, juntos, agradeçamos ao Senhor por todo o bem que nos dá para cumprir.
Neste tempo de graça, pudemos redescobrir o essencial do caminho cristão, no qual a fé, junto com a caridade, ocupa o primeiro lugar. A fé, de fato, é a pedra fundamental da experiência cristã, porque motiva as escolhas e os atos da nossa vida cotidiana. Esta é a veia inevitável de todo o nosso agir, em família, no trabalho, na paróquia, com os amigos, nos vários ambientes sociais. E esta fé sadia, genuína, se vê especialmente nos momentos de dificuldade e de prova: então o cristão se deixa levar pelos braços de Deus e se apega a Ele, com a segurança de confiar em um amor forte como rocha indestrutível. Propriamente nas situações de sofrimento, se nos abandonamos a Deus com humildade, podemos dar um bom testemunho.
Queridos amigos e amigas, o vosso precioso trabalho de voluntariado, para os vários eventos do Ano da Fé, deu a vocês a oportunidade de colher melhor que outros o entusiasmo das diversas categorias de pessoas envolvidas. Juntos devemos realmente louvar o Senhor pela intensidade espiritual e o ardor apostólico suscitados por tantas iniciativas pastorais promovidas nestes meses, em Roma e em toda parte do mundo. Somos testemunhas de que a fé em Cristo é capaz de aquecer os corações, tornando-se realmente a força motriz da nova evangelização. Uma fé vivida em profundidade e com convicção tende a abrir-se a vasto alcance ao anúncio do Evangelho. É esta fé que torna missionárias as nossas comunidades! E de fato há necessidade de comunidades cristãs empenhadas em um apostolado corajoso, que alcança as pessoas em seus ambientes, mesmo naqueles mais difíceis.
Esta experiência que vocês adquiriram no Ano da Fé ajuda antes de tudo vocês a abrir vocês mesmos e as vossas comunidades ao encontro com os outros. Isto é importante, eu diria essencial! Sobretudo abrir-se a quantos são pobres de fé e de esperança em suas vidas. Falamos tanto de pobreza, mas nem sempre pensamos nos pobres de fé: há tantos. São tantas as pessoas que precisam de um gesto humano, de um sorriso, de uma palavra verdadeira, de um testemunho através do qual colher a proximidade de Jesus Cristo. Não falte a ninguém este sinal de amor e de ternura que nasce da fé.
Agradeço-vos e invoco sobre vocês e suas famílias a benção do Senhor.