Francisco destacou os mártires do cotidiano, como jovens que renunciam aos próprios interesses para ajudar o próximo
Jéssica Marçal
Da Redação
No Angelus deste domingo, 23, o Papa Francisco refletiu sobre o que significa “perder a vida por Jesus”. Ele explicou que isso pode acontecer de dois modos: explicitamente, confessando a fé, ou implicitamente, defendendo a verdade.
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: Na íntegra – palavras do Papa antes do Angelus
Além dos mártires que foram levados à morte para não renegarem Jesus, o Santo Padre lembrou que há também o martírio cotidiano, que é um “perder a vida” por Cristo cumprindo os deveres com amor, segundo a lógica de Jesus.
“Pensemos: quantos pais e mães todos os dias colocam em prática a sua fé oferecendo concretamente a própria vida pelo bem da família! (…) Quantos jovens renunciam aos próprios interesses para dedicar-se às crianças, aos deficientes, aos idosos… Também esses são mártires! Mártires cotidianos”, disse.
E a defesa da verdade, segundo o Papa, é também um dos fatores que leva muitos cristãos e não cristãos a perderem a vida. Como exemplo ele citou João Batista, cuja festa a Igreja celebra nesta segunda-feira, 24, e que acabou morto por causa da verdade, ao denunciar o adultério do rei Herodes.
“Quantas pessoas pagam por preço caro o compromisso pela verdade! Quantos homens justos preferem ir contra a corrente, de modo a não renegar a voz da consciência, a voz da verdade! Pessoas justas, que não têm medo de ir contra a corrente!”
Nessa reflexão, Francisco dirigiu-se diretamente aos jovens presentes na Praça São Pedro, exortando-os a não terem medo de ir contra a corrente quando valores danificados tentam se impor, quando se tenta roubar a esperança das pessoas. “Avante, sejam corajosos e vão contra a corrente! E sejam orgulhosos de fazê-lo!”.