Num telegrama dirigido Vladirmir Putin, presidente russo, o Santo Padre expressa sua proximidade ao povo russo e reza pelas vítimas da explosão que causou 52 mortes, entre mineiros e socorristas
Da redação, com Vatican News e Reuters
Equipes de resgate russa chegam ao local do acidente / Foto: Reprodução Reuters
O Papa Francisco soube com tristeza da trágica explosão na mina de carvão Listvyazhnaya, no campo minerário de Kuznetsk, na Sibéria ocidental. O acidente causou a morte de 52 pessoas. Em um telegrama, assinado pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin, o Pontífice “envia suas condolências ao presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, e ao povo russo”. O Papa “assegura suas orações por todos aqueles que morreram e por aqueles que choram sua perda”. Sobre todos aqueles envolvidos nos esforços de recuperação, Sua Santidade invoca a força e a paz de Deus Todo-Poderoso”.
Dinâmica do acidente
A explosão ocorreu na manhã deste sábado, 27, quando 285 pessoas estavam nos túneis da mina. Os serviços de salvamento foram imediatamente mobilizados e 239 pessoas foram resgatadas, 49 das quais ficaram feridas. As autoridades russas iniciaram uma investigação para estabelecer as causas e responsabilidades do acidente. O diretor da mina, o primeiro vice-diretor e o chefe de seção foram presos. Segundo os investigadores, eles haviam “violado os requisitos de segurança industrial para instalações de produção perigosas”.
Foi anunciado que 46 das vítimas do acidente são mineiros e seis são membros das equipes de resgate. A busca por sobreviventes continua, um dos quais foi resgatado várias horas após a explosão.
Dezenas estavam sendo tratados no hospital, pelo menos alguns deles com intoxicação por fumaça. Quatro estavam em estado crítico.
Antes de a operação de resgate ser interrompida, o governador Sergei Tsivilev disse que ainda havia eletricidade e ventilação na mina, mas que eles haviam perdido o contato com algumas pessoas no subsolo.
Em 2007, Kemerovo foi palco do pior acidente de mineração desde o colapso da União Soviética em 1991, quando uma explosão na mina Ulyanovskaya matou mais de 100 pessoas. Em 2010, explosões na mina Raspadskaya da região mataram mais de 90 pessoas.
O braço regional da agência de aplicação da lei do Comitê de Investigação disse que abriu um processo criminal por negligência.
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