Carta

O encorajamento do Papa aos "faróis de luz" nas periferias

Em entrevista recente, o Papa Francisco revelou que tem compensando as ausências físicas impostas pela pandemia com telefonemas e cartas

Vatican News

Papa tem escrito cartas e dado telefonemas como forma de compensar a ausência física nesse tempo de pandemia/ Foto: Arquivo – Canção Nova Roma

O Papa Francisco escreveu, de próprio punho, uma carta para manifestar a sua proximidade à “Pequena Casa da Misericórdia” de Gela na Sícilia. A Casa foi criada para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade e precariedade.

“A obra de proximidade a pessoas queridas que vivem condições problemáticas é um farol de luz e de esperança na escuridão do sofrimento e da resignação”, escreve o Papa, que prossegue: “é um sinal apreciado de compartilha da Igreja para com os desfavorecidos; é um admirável exemplo de caridade evangélica e de Igreja em saída, que faz muito bem à comunidade eclesial e civil”.

Sugestão do Papa

Don Lino Di Dio, sacerdote siciliano que se inspirou nas palavras do Santo Padre / Foto: Reprodução Youtube

A “Pequena Casa da Misericórdia” nasceu em 2013 e o idealizador foi o próprio Papa. O Padre Pasqualino Di Dio, jovem sacerdote das redondezas, depois da visita do Papa à Sicília, teve a oportunidade de falar para o Santo Padre da realidade social da sua diocese, das dificuldades das famílias e dos últimos da sua cidade, Gela. O Pontífice o ouviu e sugeriu que o sacerdote desse vida a uma Casa que fosse sinal da misericórdia de Deus.

Hoje, aquela Casa tem um refeitório, um centro de escuta e acompanhamento, e é também um banco alimentar. Com a ajuda de muitos voluntários, oferece consultoria, serviços de mediação familiar, assistência escolar e atua em sinergia com a Caritas, instituições locais, paróquias e associações. Com a colaboração de uma cooperativa, administra também um poliambulatório e laboratórios artesanais.

“Eu encorajo você e quem colabora em seus projetos a perseverar na louvável missão de testemunhar a ternura e a misericórdia do Pai, oferecendo compartilha e solidariedade aos mais fracos e abatidos”.

O padre Pasqualino Di Dio comentou as palavras de Francisco, definindo-as um “sinal de afeto do Papa e também a confirmação para a obra que, no silêncio, tantos homens e mulheres de boa vontade desempenham a serviço dos pequeninos do Evangelho”.

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