8º DIA DO NOVENDIALI

“Nossa vida deve ser sinal da presença do Reino de Deus”, afirma cardeal

Em sua homilia, Cardeal Fernández Artime destacou vocação dos consagrados e frisou importância do anúncio do Evangelho no mundo de hoje

Da Redação, com Vatican News

Cardeal Fernández Artime presidiu Missa do 8º dia do Novendiali / Foto: Joyce Mesquita

Neste sábado, 3, foi celebrada a Missa do oitavo dia do Novendiali, período de luto e oração pela alma do Papa Francisco. Na Basílica de São Pedro, o Cardeal Ángel Fernández Artime presidiu a celebração, que teve início às 17h do horário local.

Iniciando sua homilia, o cardeal recordou Santa Afonso de Maria de Ligório, que ensina que rezar pelos mortos é a maior obra de caridade. A ajuda material ao próximo, comentou, consiste em bens efêmeros, mas a prece por aqueles que faleceram traz bens eternos.

Passando à liturgia deste 3º Domingo da Páscoa, Fernández citou o convite à alegria motivada pelo Senhor Ressuscitado e pela presença do Espírito Santo. “É por isso que os apóstolos e Pedro, o primeiro entre eles, não tiveram medo da prisão, nem das ameaças, nem das perseguições”, observou o cardeal, frisando o testemunho dado pelos discípulos.

O religioso comentou que a fé dos apóstolos baseava-se na forte experiência pessoal com Cristo, morto e ressuscitado. “Hoje, assim como ontem, os homens desta geração presente têm uma grande necessidade de encontrar o Senhor e a sua mensagem de salvação”, frisou.

Sinais da presença do Reino de Deus

Da mesma forma, prosseguiu Fernández, todos são chamados a também testemunhar Cristo. Contudo, os consagrados que recebem esta vocação ao discipulado precisam dedicar toda a vida ao anúncio do Evangelho, salientou.

“Dentro do Povo de Deus, as pessoas consagradas são como sentinelas que anunciam a vida nova que já está presente na nossa história. Somos chamados, em razão do nosso Batismo e através da nossa profissão religiosa, a testemunhar que somente Deus concede plenitude à existência humana. Consequentemente, a nossa vida deve ser um sinal eloquente da presença do Reino de Deus para o mundo de hoje”, declarou o cardeal.

Neste contexto, o religioso sublinhou o chamado dos consagrados a serem um sinal luminoso e credível do Evangelho, sem se confirmarem com a mentalidade deste século, mas transformando-se e renovando continuamente seu empenho.

A presença de Cristo transforma o mundo

Voltando-se ao Evangelho (Jo 21,1-19), Fernández destacou que, quando tudo parecia ter chegado ao fim, Jesus foi ao encontro dos apóstolos. Repletos de alegria, eles reconheceram o Senhor em uma expressão da fé pascal, cujo entusiasmo e espanto contrastam com o sentimento de apreensão que tomava o coração dos discípulos.

“Só com a presença de Jesus ressuscitado, que transforma todas as coisas, a escuridão é vencida pela luz e o trabalho inútil se transforma novamente em algo fecundo e cheio de vida”, apontou o cardeal, sublinhando a certeza de que Cristo se faz presente na vida humana.

Fernández recordou mais uma vez o Papa Francisco, que tinha o desejo de que os consagrados despertem o mundo, pois o que caracteriza a vida consagrada é a profecia. Diante disso, o Pontífice pedia que testemunhassem a Cristo, sendo sentinelas que vigiam durante a noite à espera do nascer do sol.

“Que Maria, Mãe da Igreja, conceda a cada um de nós a graça de ser hoje discípulos e missionários, testemunhas de seu filho, e esta sua Igreja, que está sob a guia do Espírito Santo, viva na esperança para que o Senhor ressuscitado, que está conosco, permaneça até o fim dos tempos”, concluiu o religioso.

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