4 de outubro

No Dia de São Francisco, Papa destaca conclusão do Tempo da Criação

Fim do período foi lembrado pelo Pontífice em sua conta oficial no Twitter; Santo do dia é padroeiro da ecologia

Da redação

São Francisco de Assis /Imagem: Domínio Público – Divulgação Canção Nova

Nesta segunda-feira, 4, Solenidade de São Francisco de Assis – santo padroeiro da ecologia –, o Tempo da Criação chega ao fim. A conclusão do período foi recordada pelo Papa Francisco em sua conta oficial no Twitter (@pontifex_pt).

O Santo Padre divulgou duas mensagens na rede social sobre o tema. Na primeira delas, afirmou: “Junto com São #FranciscodeAssis, nós Te louvamos, Pai, com todas as tuas criaturas, que saíram da tua mão poderosa. Elas são tuas, e estão cheias de tua presença e ternura. Laudato si’! #TempodaCriação”.

No segundo tweet, o Pontífice destacou: “Cuidar da nossa casa comum é também uma vocação ao respeito: respeito pela criação, respeito pelos outros, respeito por si mesmo e respeito pelo Criador. #TempodaCriação”.

O Tempo da Criação foi iniciado no dia 1º de setembro. O período é especial de oração e ação dedicado à renovação da relação com o Criador e toda a criação. Este ano o tema foi: “Uma casa para todos. Renovar o oikos de Deus”.

Origem do Tempo da Criação

Esse é um período ecumênico, celebrado por cristãos em todo o mundo. Tudo começou com o Patriarca Ecumênico Dimitrios I, que, em 1989, proclamou 1º de setembro como um dia de oração pela criação para os ortodoxos. O ano litúrgico da Igreja Ortodoxa começa nesse dia com a comemoração de como Deus criou o mundo.

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Em 2015, o Papa Francisco acolheu a iniciativa e instituiu a data na Igreja Católica. Anualmente, desde então, os católicos celebram o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação também em 1 º de setembro. E foi o Conselho Mundial de Igrejas que transformou a iniciativa em um tempo, estendendo a celebração do dia 1º de setembro a 4 de outubro.

Biografia de São Francisco de Assis

Filho de Pedro e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu, entre 1181 e 1182, na cidade de Assis, Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante.  Ainda jovem, Francisco desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. No ano de 1201, incentivado por seu pai, partiu para uma guerra.

Depois, decidiu ser cavaleiro e defender a Igreja e seus interesses, convocados pelo Papa Inocêncio III. Na cidade de Espoleto, sintomas de febre fizeram com que Francisco não pudesse partir.

Ali, pensou ter ouvido a voz do Senhor, com quem dialogou. Em busca de respostas, decidiu viajar para Roma. Visitou a tumba do Apóstolo São Pedro. Depois da visita, trocou seus ricos trajes com os de um mendigo e fez sua primeira experiência de viver na pobreza. Voltou a Assis, à casa paterna, entregando-se ainda mais à oração e ao silêncio.

Seu Pai exigiu que devolvesse tudo e levou o caso perante o bispo para que o julgasse. O bispo acolheu São Francisco. O santo afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos, e à reconstrução das Capelas da cidade.

Fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores

Depois, decidiu sair e pregar o Evangelho. Não tinha intenção nenhuma de adquirir seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar. Porém, logo muitos começaram a juntar-se a ele. Em 24 de fevereiro de 1208, deu início à fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores.

Em 1209, Francisco e seus companheiros foram até o Papa Inocêncio III para pedir a aprovação de seu carisma.  O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava Francisco a viver radicalmente o Evangelho. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregar o Evangelho nas igrejas e fora delas.

Francisco inspirou Clara para a santidade, dela surgiram as clarissas. No ano de 1224, ele teve a visão do Serafim alado e recebeu os estigmas.

Seu estado de saúde piorou. No dia 3 de outubro, à tarde, Francisco morreu cantando “mortem suscepit”. No domingo seguinte, foi sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis.

Canonização 

No dia 16 de julho de 1228, Francisco foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Ele se tornou o padroeiro dos animais pela sua admiração e relação estreita com a natureza. Também foi elevado a padroeiro principal da Itália em 1939 por Pio XII.

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