Na Festa da Transfiguração do Senhor, Papa destaca importância de aprofundar caminho espiritual e regenerar forças do corpo e do espírito
Da redação, com Rádio Vaticano
Apesar do forte calor em Roma neste domingo, 6, milhares de fiéis e peregrinos se reuniram na Praça São Pedro, no Vaticano, para rezar o Angelus com o Papa Francisco.
O Pontífice recordou que hoje a liturgia celebra a festa da Transfiguração do Senhor: um evento extraordinário testemunhado pelos apóstolos Pedro, Tiago e João.
O Papa destacou que, na conclusão daquela experiência, os discípulos desceram do monte com os olhos e os corações transfigurados pelo encontro com o Senhor.
“É o caminho que podemos realizar também nós. A redescoberta sempre viva de Jesus não é um fim em si, mas nos conduz a descer da montanha, recarregados com a força do Espírito Divino, para decidir novos passos de autêntica conversão e para testemunhar constantemente a caridade como lei de vida cotidiana”, afirmou.
Transformados pela presença de Cristo
Francisco disse ainda que transformados pela presença de Cristo e pelo ardor de Sua Palavra, os fiéis serão um sinal concreto do amor vivificante de Deus por todos os seus irmãos, especialmente por quem sofre, por aqueles que se encontram na solidão e no abandono, pelos enfermos e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, prepotência e violência.
O evento da Transfiguração do Senhor oferece uma mensagem de esperança: convida a encontrar Jesus, para estar a serviços dos irmãos, enfatizou o Pontífice.
“A subida dos discípulos ao Monte Tabor nos leva a refletir sobre a importância de se separar das coisas mundanas, para fazer um caminho em direção ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de colocar-se à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, buscando momentos íntimos de oração que permitam a acolhida dócil e alegre da Palavra de Deus”.
Redescobrir o silêncio
O Papa Francisco convidou ainda os fiéis presentes na Praça São Pedro a redescobrirem o silêncio pacificador e regenerador da meditação do Evangelho, “que conduz a uma meta rica de beleza, de esplendor e de alegria”.
“Nesta perspectiva, – sugeriu o Papa -, o tempo do verão é um momento providencial para aumentar o nosso compromisso de busca e de encontro com o Senhor. Durante este tempo, – recordou ainda o Papa fazendo referência ao verão no hemisfério norte – os estudantes estão livres de compromissos escolares e tantas famílias fazem suas férias. É importante que durante o período de descanso e de distanciamento das ocupações diárias, se possam regenerar as forças do corpo e do espírito, aprofundando o caminho espiritual”.
Em seguida Francisco confiou a Nossa Senhora as férias de todos pedindo que Ela nos ajude a entrar em sintonia com a Palavra de Deus para que Cristo se torne luz e guia de nossas vidas.
“A Ela confiamos as férias de todos, para que sejam serenas e profícuas, mas sobretudo o verão daqueles que não podem fazer férias porque impedidos pela idade, por motivos de saúde ou de trabalho, por restrições econômicas ou por outros problemas, para que, mesmo assim, seja um tempo de relaxamento, animado por presenças amigas e momentos felizes”.