Francisco explicou que aqueles que se aproximarem do Senhor serão recebidos no reino de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco celebrou como de costume a missa na Capela da Casa Santa Marta na manhã desta sexta-feira, 25, e fez uma reflexão sobre o fim do mundo, tema em destaque na Igreja nesses últimos dias do ano litúrgico.
Francisco recordou a primeira carta do Apocalipse de João. Como será o juízo universal, questiona, e o encontro final com Jesus?
O Papa explicou que jamais se deve dialogar com o diabo, sedutor e impostor, que afasta de Deus. O convite é para aproximar-se do último encontro com o Senhor, no dia do Juízo, com o coração humilde.
A primeira imagem do Apóstolo é o juízo do dragão, a antiga serpente, que é o diabo e que o anjo descido do céu joga no Abismo, acorrentado para que não pudesse mais seduzir as nações: porque ele é um sedutor, destaca Francisco.
“Ele é um mentiroso, ou mais: é o pai da mentira, gera mentiras, é um impostor. Leva a crer que se comes a maçã, serás como Deus. Ele a vende assim e tu a compras; no fim, ele te engana, arruína tua vida. ‘Mas padre, o que podemos fazer para não nos deixarmos enganar pelo diabo’? Com o diabo não se dialoga. O que Jesus fez com o diabo? Jesus o expulsava, lhe perguntava seu nome, mas não conversava”.
Também no deserto, acrescenta o Papa, Jesus nunca usou a própria palavra porque sabia bem do perigo. Nas três respostas que deu ao diabo, se defendeu com a Palavra de Deus, a Palavra da Bíblia. Jamais se deve dialogar com este mentiroso, impostor, aquele que quer a nossa ruína e que por isso, será jogado no Abismo, defende Francisco.
Na página do Apocalipse, comparecem então as almas dos mártires, os humildes, explica o pontífice, aqueles que testemunharam Jesus Cristo e não adoraram o diabo e seus seguidores: o dinheiro, a mundanidade e a vaidade, dando a vida por isso.
Condenação é estar distante de Deus
O Senhor julgará grandes e pequenos pelas suas obras, lê-se ainda no Apocalipse, e os condenados serão lançados no “lago de fogo”. É sobre esta “segunda morte” que Francisco se detém.
“A condenação eterna não é uma sala de tortura, é uma descrição dessa segunda morte, é uma morte. E aqueles que não serão recebidos no reino de Deus é porque não se aproximaram do Senhor. São aqueles que sempre seguiram pelo seu caminho, afastando-se do Senhor e passando diante do Senhor e se distanciaram sozinhos. É a condenação eterna, é o distanciar-se constantemente de Deus. É a maior dor, um coração insatisfeito, um coração que foi feito para encontrar a Deus, mas por orgulho, por ter a certeza de si mesmo, se afasta de Deus”.
A distância para sempre de “Deus que dá a felicidade”, do “Deus que nos ama tanto”, este é o “fogo”, reafirma o Papa, é “o caminho da condenação eterna.” Mas a última imagem do Apocalipse abre à esperança e também Francisco o faz.
Salvação
Se abrimos os nossos corações, como Jesus nos pede, teremos a alegria e a salvação, céu e terra novos, dos quais se fala na primeira leitura. “Basta somente uma palavra,” destaca ainda o Papa: “Senhor” e Ele faz o resto. Portanto, deixar-se acariciar e perdoar por Jesus, sem orgulho, é o convite final.
Francisco destacou que é a esperança que abre os corações para o encontro com Jesus e explicou que Ele só nos pede para sermos humildes e dizer, “Senhor”. Basta somente aquela palavra e Ele faz o resto.