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Caminhar juntos

Na missa de abertura do Sínodo, Papa pede Igreja unida e fraterna

Papa presidiu a Missa com os novos cardeais marcando também a abertura da assembleia sinodal que tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”

Da Redação, com Vatican News

Papa preside missa na Praça São Pedro na abertura do Sínodo / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Uma Igreja unida e fraterna, que escuta e dialoga. Esse foi o pedido do Papa Francisco em sua homilia na Missa de abertura da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, sobre sinodalidade. Presentes na Missa com o Papa na Praça São Pedro vários fiéis e o colégio de cardeais, incluindo os novos cardeais criados no consistório do último sábado, 30.

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Citando um versículo do Evangelho de Mateus – “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos” – o Pontífice lembrou que Jesus eleva os olhos ao Céu e louva o Pai por ter revelado aos simples os mistérios do Reino de Deus. Um pouco antes, o texto bíblico narra a “desolação pastoral” de Jesus quando João Batista duvidou de que ele fosse realmente o Messias. Além disso, muitos ainda não haviam se convertido, apesar de seus prodígios. Mas Jesus não se deixou tomar pela tristeza.

“No momento da desolação, tem um olhar capaz de ver mais além: louva a sabedoria do Pai e consegue vislumbrar o bem escondido que cresce, a semente da Palavra acolhida pelos simples, a luz do Reino de Deus que abre caminho mesmo na noite”.

Abertura do Sínodo

Pegando como gancho essa reflexão, o Pontífice a propôs aos cardeais, bispos e fiéis, recordando a abertura da Assembleia Sinodal. Frisou que essa não é uma reunião parlamentar nem um plano de reformas e, sendo assim, em nada ajuda um olhar imanente, feito de estratégias humanas, cálculos políticos ou batalhas ideológicas.

“O Sínodo, queridos irmãos e irmãs, não é um parlamento. O protagonista é o Espírito Santo. Não estamos aqui para fazer um parlamento. Estamos aqui para caminharmos juntos com o olhar de Jesus, que bendiz o Pai e acolhe a quantos estão cansados e oprimidos.”

A seguir, o Papa refletiu sobre o olhar de Jesus: um olhar bendizente e acolhedor. “Este olhar bendizente do Senhor nos convida a sermos uma Igreja que, de ânimo feliz, contempla a ação de Deus e discerne o presente; uma Igreja que, no meio das ondas por vezes agitadas do nosso tempo, não desanima, não procura escapatórias ideológicas, não se barrica atrás de convicções adquiridas, não cede a soluções cômodas, nem deixa que seja o mundo a ditar a sua agenda”.

Dever do Sínodo: centrar o olhar em Deus

Ainda falando sobre a Assembleia Sinodal que se inicia, Francisco destacou o dever primário deste evento: centrar de novo o olhar em Deus, para que a Igreja possa olhar a humanidade com misericórdia. “Uma Igreja unida e fraterna, ou pelo menos que tenta ser unida e fraterna, que escuta e dialoga.” E acrescentou:

“Uma Igreja que abençoa e encoraja, que ajuda quem busca o Senhor, que estimula benevolamente os indiferentes, que abre caminhos para iniciar as pessoas na beleza da fé. Uma Igreja que tem Deus no centro e, consequentemente, não se divide internamente e nunca é dura externamente. Uma Igreja que se arrisca com Jesus. É assim que Jesus quer a Igreja, é assim que Ele quer a sua Esposa.”

Diálogo sinodal

Depois do olhar bendizente, o Papa convidou a contemplar o olhar acolhedor de Cristo, que exulta de alegria no Pai porque se revela aos pequeninos, aos simples, aos pobres em espírito. E Este olhar acolhedor convida a Igreja a ser hospitaleira, não de portas fechadas. “No diálogo sinodal, durante esta maravilhosa ‘marcha no Espírito Santo’ que realizamos juntos como Povo de Deus, oxalá possamos crescer na unidade e na amizade com o Senhor, para ver com o seu olhar os desafios de hoje”, disse o Papa.

Recordando o dia de São Francisco de Assis, celebrado hoje, o Papa convidou a caminhar seguindo as pegadas do “santo da pobreza e da paz”, o “louco de Deus” que trouxe no corpo os estigmas de Jesus e, para se revestir d’Ele, despojou-se de tudo.

A Mãe Igreja sempre precisa de purificação

Francisco destacou ainda que o Sínodo serve para recordar que a Igreja sempre precisa de purificação. O povo de pecadores perdoados sempre necessita voltar à fonte que é Jesus e se colocar novamente nos caminhos do Espírito Santo.

“Francisco de Assis, num tempo de grandes lutas e divisões entre o poder temporal e o religioso, entre a Igreja institucional e as correntes heréticas, entre cristãos e outros crentes, não criticou nem atacou ninguém, mas limitou-se a pegar nas armas do Evangelho, isto é, a humildade e a unidade, a oração e a caridade. Façamos assim também nós! Humildade e unidade, oração e caridade.”

No final de sua homilia, o Papa Francisco recordou, mais uma vez, que o Sínodo “não é uma reunião política, mas uma convocação no Espírito; não é um parlamento polarizado, mas um lugar de graça e comunhão”, e convidou todos a se abrirem e invocarem o “protagonista” do Sínodo, o Espírito Santo, e com Ele caminhar “com confiança e alegria”.

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