Bênção Urbi et Orbi

Na mensagem de Natal, Papa reitera “não” à guerra

Francisco recorda os vários conflitos em andamento no mundo rezando uma vez mais pelo fim da “loucura indesculpável” da guerra

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Da sacada central da Basílica de São Pedro, Papa acena aos fiéis reunidos para a bênção urbi et orbi no dia do Natal / Foto: Vatican Media via Reuters

A guerra é uma viagem sem destino, uma loucura indesculpável. Palavras do Papa Francisco que volta a fazer um apelo pela paz em sua mensagem de Natal neste ano de 2023. Francisco leu a mensagem e concedeu a tradicional Bênção Urbi et Orbi nesta segunda-feira, 25, Natal do Senhor.

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.: Texto completo da mensagem de Natal

De Belém, onde há séculos nasceu o Salvador da humanidade, Francisco lembrou que reinam, nestes dias, a dor e o silêncio. Mas o anúncio do nascimento de Jesus enche de confiança e esperança: “esta é a notícia que muda o curso da história!”, exclamou.

Por entre as trevas do mundo, prevalece a luz de Deus, frisou o Pontífice, convidando os fiéis a se alegrarem por esta graça. “Cristo nasceu para ti! Alegra-te, tu que perdeste a esperança, porque Deus te estende a mão: não aponta o dedo contra ti, mas oferece-te a sua mãozinha de Menino para te libertar dos medos, aliviar-te das canseiras e mostrar-te que, aos olhos d’Ele, vales mais do que qualquer outra coisa.”

Apelos de paz

Francisco observou ainda que o Príncipe da paz opõe-se ao “príncipe deste mundo”, que semeia a morte. Assim, dizer “sim” ao Príncipe da paz significa dizer “não” à guerra, disse o Pontífice. “…a toda a guerra, à própria lógica da guerra, que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável. Mas para dizer ‘não’ à guerra é preciso dizer ‘não’ às armas”, pontuou.

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Na mensagem, o Papa rezou para que se aproxime o dia em que haja paz em Israel e na Palestina, onde a guerra abala a vida da população. Ele deixou seu abraço, em particular às comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa, e suplicou novamente pela libertação dos reféns do ataque de 7 de outubro e para que cessem as operações militares e que se possibilite a entrada da ajuda humanitária.

Orações também pela Síria e Iêmen, mergulhadas no sofrimento. Bem como pelo Líbano, para que o povo encontre estabilidade política e social. Francisco também rezou pela Ucrânia, em guerra há quase dois anos.

Orações também pela paz entre Armênia e o Azerbaijão, sem esquecer as tensões e os conflitos que transtornam a região do Sahel, o Chifre de África, o Sudão, bem como os Camarões, a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul.

Francisco não deixou de mencionar a península coreana, rezando por fraternidade, diálogo e reconciliação para uma paz duradoura. Lembrou também o continente americano, para que se encontrem soluções aos dissídios sociais e políticos, às formas de pobreza, desigualdades e migrações.

O Jubileu da esperança

Ao final da mensagem, o Papa recordou que se aproxima o tempo de graça e esperança do Jubileu, que será celebrado por toda a Igreja em 2025. Ele pediu que, desde já, o período de preparação seja ocasião de converter o coração, de dizer “não” à guerra e “sim” à paz.

Por fim, exortou os fiéis a acolherem Jesus, abrirem o coração a Ele, “o Salvador, o Príncipe da paz!”.

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