Solenidade

Magnificat é o cântico da esperança, destaca Papa na Assunção

Papa rezou o Angelus na Solenidade da Assunção, que no Brasil será celebrada no domingo, 21 de agosto

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco conduz a oração do Angelus nesta Solenidade da Assunção / Foto: Vatican Media via Reuters

No Angelus desta segunda-feira, 15, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus por ocasião da Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, celebrada no Brasil no próximo domingo, 21. Francisco se concentrou no significado do cântico do Magnificat: o canto da esperança.

O Pontífice explicou que o Evangelho propõe o diálogo entre Maria e sua prima Isabel. Quando Maria entra na casa e saúda Isabel, esta diz lhe: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. Estas palavras, cheias de fé, alegria e encanto, passaram a fazer parte da “Ave-Maria”.

“Cada vez que recitamos esta oração, fazemos como Isabel: saudamos Maria e a bendizemos, porque ela nos traz Jesus. Maria acolhe a bênção de Isabel e responde presenteando-nos com o Magnificat, que poderíamos definir como “o canto da esperança”.

Trata-se, continuou o Papa, de um hino de louvor e exultação pelas grandes coisas que o Senhor realizou em Maria. E Nossa Senhora vai além: contempla a obra de Deus em toda a história do seu povo. “Diz, por exemplo, que o Senhor “derrubou do trono os poderosos, exaltou os humildes, saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos”.

Serviço, humildade e amor

Pequena e humilde, Maria foi elevada e levada à glória do Céu, observou o Santo Padre. Enquanto isso, os poderosos do mundo estão destinados a permanecer de mãos vazias. “Nossa Senhora, em outras palavras, anuncia uma mudança radical, uma inversão de valores. Enquanto fala com Isabel tendo Jesus no ventre, antecipa o que seu Filho dirá, quando proclamará bem-aventurados os pobres e humildes e advertirá os ricos e os que confiam na sua própria autossuficiência”.

A Virgem, portanto, profetiza que a ter o primeiro lugar não é o poder, o sucesso e o dinheiro, mas o serviço, a humildade e o amor. “Olhando para ela na glória, compreendemos que o verdadeiro poder é o serviço e que reinar significa amar. E que este é o caminho para o céu”.

Francisco destacou que a inversão profética anunciada por Maria toca a vida de cada um. Ele convidou os fiéis a pensarem se acreditam que a meta do seu viver é o Céu ou se se preocupam somente com coisas terrenas, materiais. “E ainda, observando os acontecimentos do mundo, deixo-me tomar pelo pessimismo ou, como a Virgem, sei perceber a obra de Deus que, com mansidão e pequenez, realiza grandes coisas?”.

Maria canta a esperança

Maria hoje canta a esperança, frisou o Papa, reacendendo a esperança. Ela é a primeira criatura que, com tudo de si, de corpo e alma, chega vitoriosa à meta do Céu.

“Maria mostra-nos que o Céu está ao alcance da mão, se também nós não cedermos ao pecado, louvarmos a Deus com humildade e servirmos aos outros com generosidade. Ela, nossa Mãe, toma-nos pela mão, acompanha-nos à glória, convida-nos a regozijar-nos pensando no paraíso”.

O Papa Francisco concluiu afirmando que Maria, nossa Mãe, toma-nos pela mão e acompanha-nos à glória. “Convida-nos a regozijar-nos pensando no paraíso. Bendigamos Maria com a nossa oração e peçamos-lhe um olhar profético, capaz de vislumbrar o Céu na terra”.

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