Episcopado alemão define a Laudato Si’ como “um marco” no ensino social católico, uma vez que tem como ideia básica que a ecologia e as questões sociais devem ser consideradas em conjunto
Da Redação, com Vatican News
A Encíclica Laudato Si’do Papa Francisco completará, no próximo domingo, 24, 5 anos de publicação. Nesta semana, diversas instituições religiosas têm manisfestado o apreço e aprofundado o tema da ecologia integral.
A Conferência Episcopal alemã, em mensagem, destacou que a Encíclica também pode ser “considerada uma bússola útil para nós no período da crise atual e mais adiante.” A mensagem foi escrita por Dom Franz-Josef Overbeck, bispo de Essen e presidente da Comissão de Assuntos Sociais da Conferência Episcopal Alemã.
“Caso se queira dar um novo impulso à economia e à vida pública na Alemanha e no mundo, na crise de Covid-19 – escreve o bispo – a primeira prioridade deve ser a adoção de medidas voltadas para um futuro que respeite o clima e o meio-ambiente, equilibrado do ponto de vista social”.
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Dom Overbeck enfatiza que no contexto da pandemia de coronavírus, os pobres e os mais fracos são os mais afetados, por isso precisam de atenção especial. Ademais, recorda que para além dos próprios interesses, todos são responsáveis pelo cuidado da casa comum.
Uma responsabilidade que se aplica também à Igreja que compartilha as grandes questões de nosso tempo, como a alegria e a esperança, a tristeza e o medo das pessoas.
“Especialmente em tempos difíceis – afirma o bispo alemão – não devemos perder a confiança em nosso compromisso com a justiça social, que também passa pela Laudato Si e que o Papa Francisco sempre desperta em nós.”
O presidente da Comissão de Assuntos Sociais do episcopado alemão define a Laudato Si como “um marco” no ensino social católico, uma vez que tem como ideia básica que a ecologia e as questões sociais devem ser consideradas em conjunto.
E como o cuidado das pessoas e a proteção dos ecossistemas estão intimamente ligados, o prelado alemão faz um chamado para “alinhar nossa vida e nossa atividade com o princípio da sustentabilidade”.
Por fim, a mensagem também destaca que um claro sinal da importância da ecologia e do homem para o magistério da Igreja é evidenciado pela Exortação Apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, onde o Papa renova seu chamado para enfrentar a grande tarefa de mudança, para que a humanidade e toda a criação possam continuar a viver bem neste planeta no futuro.