No Angelus do Domingo da Palavra de Deus, Francisco refletiu sobre como o Ano Jubilar é uma oportunidade para os cristãos renovarem o encontro com Cristo
Da redação, com Vatican News
Ao se dirigir aos fiéis antes da recitação da oração do Angelus deste domingo, 26, o Papa Francisco refletiu sobre a passagem do Evangelho de Lucas que relata a visita de Jesus à sinagoga em Nazaré.
O Bispo de Roma apontou para o momento em que Jesus declarou a Si mesmo o cumprimento da profecia de Isaías, uma declaração que surpreendeu e desafiou Seus ouvintes. Explicou que esse momento apresentou aos concidadãos de Jesus uma questão decisiva: “Ele é apenas o filho do carpinteiro que se arroga um papel que não Lhe pertence, ou Ele é verdadeiramente o Messias, enviado por Deus para salvar o povo do pecado e de todo o mal?”
Imagine o choque e a perplexidade do povo de Nazaré, acrescentou o Santo Padre: “Eles pensavam que O conheciam muito bem e isso, em vez de facilitar a abertura de suas mentes e corações, os impediu de fazê-lo, como um véu obscurecendo a luz.”
Reconhecer a mensagem de Jesus
O Papa destacou que essa atitude dos nazarenos ainda pode ser vista em nossos dias: “Também nós somos interpelados pelas palavras e pela presença de Jesus. Às vezes, pensamos que já o conhecemos, que não há nada de novo a descobrir, porque crescemos com Ele, no catecismo, na paróquia ou em um país de cultura cristã.”
Segundo Francisco, esse senso de familiaridade pode nos impedir de reconhecer a singularidade de Cristo e sua mensagem. “Reconhecemos que Jesus traz uma mensagem de salvação que ninguém mais pode nos dar? Sentimos que, de algum modo, também somos pobres, prisioneiros, cegos e oprimidos, necessitados de sua graça?”, questionou o Pontífice.
Ao concluir sua reflexão, o Papa confiou os fiéis à intercessão de Maria, Mãe de Deus, pedindo sua ajuda para redescobrir Jesus.