Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco celebrou a Missa na Casa Santa Marta na manhã desta quarta-feira, 12, e colocou no centro de sua homilia a liberdade vinda do Espírito Santo, liberdade da qual não se deve ter medo. A Missa desta manhã foi concelebrada com o cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz.
O Pontífice desenvolveu sua homilia partindo das palavras de Jesus aos discípulos: “Não vim para abolir a lei”. Ele observou que este trecho evangélico segue o das bem-aventuranças, expressão da nova lei, mais exigente do que a de Moisés.
Esta lei, segundo explicou o Papa, é “fruto da Aliança” e não pode ser compreendida sem ela. O Santo Padre afirmou que Jesus “é a expressão da maturidade da lei”, e quando chegar à plenitude, é por obra do Espírito Santo.
“O caminhar por esta estrada comporta riscos, mas é a única estrada da maturidade, para sair dos tempos nos quais não estamos maduros. Neste caminho rumo à maturidade da lei, que vem com a pregação de Jesus, há sempre medo, medo da liberdade que o Espírito nos dá. A lei do Espírito nos faz livres!”
Francisco disse ainda que a lei do Espírito Santo leva o homem num caminho de discernimento contínuo para fazer a vontade de Deus. Neste percurso, devemos estar atentos a duas tentações: a de regredir, porque nos sentirmos mais seguros, e a do “progresso adolescente”, que nos faz sair do caminho ao tentar englobar outros valores e outras leis.
“Como os adolescentes que querem ter tudo com o entusiasmo e acabam por escorregar… É quando a estrada está coberta de gelo e o carro derrapa e sai do caminho… Nós, neste momento da história da Igreja, não podemos nem regredir nem sair da estrada!”
E a estrada, segundo explicou o Papa, é a da liberdade no Espírito Santo, que faz livre o homem, no discernimento contínuo sobre a vontade de Deus. “Peçamos ao Senhor prosseguir com a graça do Espírito Santo”, concluiu