Em mensagem, Francisco fez uma pelo para que os protagonistas do conflito na Síria permitam a assistência humanitária aos necessitados
Da Redação, com Rádio Vaticano

Francisco agradece entidades católicas que auxiliam os sírios atingidos pelos conflitos / Foto: L’ Osservatore Romano
O Papa Francisco enviou, nesta sexta-feira, 30, uma mensagem ao Pontifício Conselho Cor Unum, por ocasião do encontro de entidades católicas que prestam auxílio à Síria.
O Santo Padre agradeceu aos participantes pelo apoio dado à Síria e aos países vizinhos, que enfrentam grandes desafios por causa dos conflitos. Francisco recordou que há um ano os agentes se reuniram para planejar as metas de ação da Igreja e relançar seu apelo de paz pela Síria. “Hoje, voltam a renovar seu desejo de prosseguir nesta linha, com formas de colaboração mais estritas”, apontou.
No entanto, o Pontífice frisou que, infelizmente, a crise síria continua insolúvel. “Corre-se o risco de se acostumar com esta dolorosa situação, que causa indizíveis sofrimentos, milhares de refugiados, entre os quais crianças e idosos, que até morrem de fome e de doenças causadas pelo conflito. Tudo isso nos leva a correr o risco de cair na globalização da indiferença”, alertou.
Francisco disse que o trabalho realizado pelas entidades caritativas são expressão fiel do amor de Deus para com seus filhos, que se encontram na opressão e na angústia. “Deus ouve o seu grito, conhece seus sofrimentos e quer libertá-los”, disse o Papa.
Neste sentido, o Pontífice exortou os agentes a atuarem em comunhão com seus pastores e comunidades locais. Segundo o Papa, o encontro em Roma é uma ocasião propícia para individuar oportunas formas de colaboração estável e diálogo, com a finalidade de canalizar sempre mais seus esforços para sustentar as Igrejas locais e todas as vítimas da guerra, sem distinção étnica, religiosa ou social.
Ao concluir a mensagem, Francisco renovou seu apelo aos protagonistas do conflito sírio, instituições mundiais e opinião pública. “Sabemos que o futuro da humanidade se constrói com a paz e não com a guerra. A guerra só destrói, mata e empobrece povos e nações”, denunciou.
O Papa Francisco pediu a todas as partes envolvidas que, em prol do bem comum, permitam imediatamente a obra de assistência humanitária e façam calar as armas, mediante negociações, colocando, em primeiro lugar, o bem da Síria e de todos os seus habitantes, sem esquecer daqueles que foram obrigados a se refugiar em outros países.