ESCOLA E UNIVERSIDADE

Francisco: a educação é um direito, ninguém deve ser excluído

O Santo Padre enviou uma mensagem a um congresso promovido pelo episcopado espanhol, que termina neste sábado, 24, em Madri

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco cumprimenta estudantes em audiência / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

A educação é “um trabalho coletivo” que sempre exige “colaboração e trabalho em rede”. Com este convite a não estar “nunca sozinho” e a evitar a “autorreferencialidade”, o Papa Francisco se dirigiu em uma mensagem aos participantes do congresso sobre o tema: “A Igreja na educação: presença e compromisso”, promovido pela Conferência Episcopal Espanhola pela Comissão Episcopal de Educação e Cultura. O encontro, que contou com a participação de cerca de 1.200 pessoas, tem sua ultima sessão neste sábado, 24, em Madri.

Em sua mensagem – com data de 20 de fevereiro e publicada no site do episcopado espanhol -, o Pontífice enfatiza que a educação “não é possível sem apostar na liberdade, abrindo caminho para a amizade social e a cultura do encontro”. De fato, a marca registrada da educação católica em todas as áreas “é a verdadeira humanização, que nasce da fé e gera cultura”, porque Cristo, enfatiza o Papa, “sempre habita em nossas casas, fala nossa língua, acompanha nossas famílias e nosso povo”.

Em seguida, no texto, uma referência à presença e ao compromisso específico da Igreja espanhola nessa área, e também ao papel de tantas pessoas e comunidades que “contribuíram com seu trabalho para a identidade cultural de sua sociedade e também enriqueceram o caminho da Igreja universal”.

A educação, continua a mensagem, é, antes de tudo, “um ato de esperança em quem temos diante de nós, no horizonte de sua vida, de suas possibilidades de mudar e contribuir para a renovação da sociedade”. Nesse sentido, todos “têm o direito à educação” e “ninguém deve ser excluído”. Por isso, a preocupação com as muitas crianças e jovens que “não têm acesso à educação em diferentes partes do mundo” e “que sofrem opressão, e até mesmo guerra e violência”.

O Pontífice mostra-se muito satisfeito com o fato de a Igreja Ibérica fazer sua a urgência da educação. “Trabalhem”, escreve o Papa, “por suas necessidades, na Espanha, sem esquecer ninguém. Sejam sensíveis às novas exclusões que a cultura do desperdício gera”. E, acrescenta, “nunca percam de vista o fato de que a criação de relações de justiça entre os povos, a capacidade de solidariedade para com os necessitados e o cuidado da casa comum passarão pelos corações, mentes e mãos daqueles que estão sendo educados hoje”.

Francisco expressa gratidão pelo fato de que a comunidade eclesial espanhola olha “para a sua missão educativa em toda a sua amplitude”: pode-se dizer, observa, que “é um sinal para os nossos tempos”. E por isso o agradecimento especial a todos os educadores, agentes e protagonistas da educação, embora, “às vezes cansados e hoje pouco valorizados”, sua missão, assegura, “é querida por Deus e é muito importante para seus irmãos”.

O Papa os convida a continuar a refletir e a caminhar juntos, a valorizar a identidade e a fé. Por fim, conclui invocando a bênção sobre as famílias que “devem educar seus filhos” e sobre “todos aqueles que se dedicam à missão educativa”, encorajando-os a serem “artesãos da paz”.

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