DISCURSO

Evangelizar com paciência e sem deixar-se desencorajar, exorta Papa

Em encontro com membros da Igreja de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, Francisco recordou exemplo dos santos de coragem para começar

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco ao lado de religiosa durante encontro neste sábado, 7 / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

O último compromisso do Papa Francisco em Papua-Nova Guiné neste sábado, 7, foi um bispos, sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas. No Santuário de Maria Auxiliadora estiveram reunidos não apenas membros da Igreja no país, mas também das Ilhas Salomão.

Em seu discurso, o Pontífice voltou sua atenção ao templo onde estavam, que remete a Dom Bosco. O sacerdote italiano foi inspirado por Nossa Senhora Auxiliadora a construir uma igreja, prometendo-lhe grandes graças. “E assim aconteceu: a igreja foi construída – uma maravilha – e tornou-se centro de irradiação do Evangelho, de formação dos jovens e de caridade, ponto de referência para muita gente”, comentou o Santo Padre.

Esta história pode inspirar também o caminho cristão e missionário da Igreja de hoje, afirmou, iniciando pela “coragem de começar”. Recordando o exemplo de tantos santos ilustrados nos vitrais do Santuário e “seus começos e recomeços”, Francisco sublinhou que “é graças a eles que estamos aqui e, hoje, apesar dos desafios que também não faltam, continuamos a avançar, sem medo, sabendo que não estamos sós: o Senhor age, em nós e conosco”.

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Diante disso, o Papa indicou uma via importante para começar: as periferias do país. “Penso nas pessoas que pertencem às camadas mais desfavorecidas das populações urbanas, bem como nas que vivem em zonas mais distantes e abandonadas, onde chega a faltar o necessário. E ainda naquelas que, por causa de preconceitos e superstições, são marginalizadas e feridas, moral e fisicamente. A Igreja deseja estar particularmente próxima destes irmãos e irmãs”, manifestou.

Beleza de estar e esperança de crescer

O Pontífice pediu que os presentes não esqueçam do estilo de Deus, que consiste em ter compaixão, ternura e proximidade. “Se um bispo, consagrado, sacerdote não é terno, compassivo e próximo, não tem o espírito de Jesus”, reiterou.

Prosseguindo, o Santo Padre abordou um segundo aspecto: a beleza de estar. Ele explicou que esta realidade “não se experiencia tanto em grandes eventos e momentos de sucesso, mas sobretudo na lealdade e amor com que, cotidianamente, nos esforçamos por crescer juntos”.

Deste modo, chega-se ao terceiro e último aspecto: a esperança de crescer. Trata-se, explicou, de uma confiança na fecundidade do apostolado, continuando a lançar pequenas sementes nos sulcos do mundo. “Por isso, continuemos a evangelizar, com paciência, sem nos deixarmos desencorajar pelas dificuldades e incompreensões”, encorajou Francisco.

“Continuem assim a sua missão, como testemunhas de coragem, beleza e esperança! Agradeço por tudo o que fazem, abençoo-os de coração e peço, por favor, que não se esqueçam de rezar por mim”, concluiu o Papa.

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